Jornal Estado de Minas

Putin concorda com envio de missão da ONU ao leste rebelde da Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (11) que é favorável ao envio de uma força da ONU para proteger os observadores da OSCE em toda a região leste rebelde da Ucrânia, e não apenas na linha de demarcação, como sugerido anteriormente.

Essa mobilização "pode ocorrer não apenas na linha de demarcação após a retirada das forças e dos equipamentos militares de ambos os lados, mas também em outros lugares, onde os observadores da OSCE realizarem suas inspeções", disse o presidente Putin em uma conversa por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, de acordo com uma declaração do Kremlin.

Na semana passada, o presidente russo afirmou que era a favor da implantação de forças de paz para garantir a segurança dos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) no leste da Ucrânia, um pedido de longa data de Kiev. Há mais de três anos, os ucranianos enfrentam um conflito entre o Exército e os separatistas pró-russos.

Mas, enquanto Kiev quer que esta força de manutenção da paz seja implantada em toda zona de conflito, Vladimir Putin disse que deveria intervir apenas ao longo da linha de demarcação entre os dois lados.

Em uma declaração, a Chancelaria alemã indicou que Merkel abordou o assunto com Putin, "ressaltando que mudanças no mandato (das Nações Unidas) eram necessárias".

"O presidente Putin respondeu positivamente e concordou com suspender a limitação da implantação da missão da ONU na linha de contato", afirmou a Chancelaria alemã.

Um grupo de 600 observadores da OSCE tem mandato para acompanhar o respeito aos acordos de paz, mas sua presença não consegue impedir combates em um conflito que já deixou 10 mil mortos desde 2014.

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