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Estado de Minas

STF ordena prisão de executivos do grupo J&F


postado em 10/09/2017 15:46

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a prisão dos executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, do grupo J&F;, que, supostamente, ocultaram informação da Justiça no acordo de delação premiada que fundamentou a acusação de corrupção contra o presidente Michel Temer.

Na decisão, Fachin afirma que há "indícios suficientes de que os colaboradores omitiram, no momento da formalização do acordo de colaboração premiada, informações que estavam obrigados a prestar".

Joesley Batista e Ricardo Saud se apresentaram na sede da Polícia Federal em São Paulo, por volta das 14H00 deste domingo, e estão detidos.

Os dois devem passar a noite na PF em São Paulo, até serem transferidos para Brasília, na segunda-feira.

Diante do prédio da Polícia Federal, manifestantes soltaram fogos para comemorar as prisões.

Tanto Batista como Saud permanecerão detidos por cinco dias, a princípio, segundo a determinação do juiz, que atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República, responsável pelo acordo.

Fachin rejeitou, no entanto, o pedido de prisão do ex-procurador Marcello Miller, que deixou a PGR e passou a assessorar a JBS, controlada pelo grupo J&F;, e que os investigadores suspeitam de que teria orientado ilegalmente a empresa quando ainda era funcionário público.

O acordo com a JBS possibilitou a primeira acusação de crime comum contra um presidente em exercício na história do país. Mas depois enfrentou uma série de críticas, e, na semana passada, o procurador-geral, Rodrigo Janot ordenou uma investigação para apurar se os delatores omitiram outros delitos que teriam cometido.

Fachin suspendeu preventivamente parte dos benefícios do acordo, que permitiram a Batista e Saud conservar a liberdade.

Além do compromisso de confessar tudo o que sabiam, a holding J&F; foi obrigada a pagar uma multa recorde de mais de 10 bilhões de dólares.

Janot denunciou Temer em junho por "corrupção passiva", com base em uma conversa gravada por Batista na qual o presidente parecia consentir o pagamento de suborno a um deputado preso para comprar o seu silêncio.

Mas a Câmara dos Deputados rejeitou encaminhar o pedido ao STF e o caso foi bloqueado.

Janot, que encerra o período de quatro anos como procurador-geral em 17 de setembro, denunciou muitas figuras políticas importantes em sua gestão.

Nos últimos dias, apresentou acusações contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, líderes do PT, e a cúpula no Senado do PMDB.


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