O papa Francisco visita neste sábado Medellín, cidade que já foi a capital do narcotráfico, para sua terceira grande missa na Colômbia.
Centenas de jovens de várias cidades do país passaram a noite a céu aberto para acompanhar uma missa em homenagem ao São Pedro Claver, defensor dos direitos dos escravos.
Depois de pronunciar contundentes homilias e mensagens de defesa da paz, Francisco visita o reduto político do ex-presidente Alvaro Uribe, grande inimigo do processo de paz, para falar de outros temas que afetam os colombianos.
Esta é a segunda visita de um papa a Medellín, depois da viagem de João Paulo II em 1986.
Francisco honrará a memória do pontífice polonês santificado com uma missa no Aeroporto Internacional Olaya Herrera, o mesmo no qual mais de um milhão de pessoas se reuniram há 31 anos.
As autoridades da cidade, historicamente rival de Bogotá, esperam desta vez reunir dois milhões de fiéis e superar o público de 1,3 milhão de Bogotá.
A visita a Medellín tem um forte significado pessoal para o pontífice argentino, porque foi nesta cidade em que a hierarquia da igreja da América Latina decidiu em 1968 comprometer-se com a causa dos setores populares, a chamada "opção preferencial pelos pobres", que atualmente é a prioridade de Francisco, o primeiro papa latino-americano.
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