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Estado de Minas

ONU: balanço da violência em Mianmar pode superar 1.000 mortes


postado em 08/09/2017 06:10

Mais de 1.000 pessoas podem ter falecido no estado birmanês de Rakhine, membros da minoria rohingya em sua maioria, o que significa o dobro do que anunciara o governo, afirmou um representante da ONU à AFP.

"Talvez quase 1.000 ou mais já tenham falecido", afirmou Yanghee Lee, enviado especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Mianmar.

Ele disse que, embora as mortes tenham acontecido dos dois lados, a maior parte dos falecimentos "se concentraria fundamentalmente na população rohingya".

Nas últimas duas semanas, 164.000 civis, a maioria rohingyas, fugiram para o vizinho Bangladesh, onde se seguiram para acampamentos de refugiados que já estavam lotados.

Outros faleceram quando tentavam escapar da violência no estado de Rakhine, onde, segundo testemunhas, vilarejos inteiros foram incendiados desde que os militantes rohingyas executaram uma série de ataques coordenados em 25 de agosto, duramente reprimidos pelo exército birmanês.

Há várias décadas os rohingyas, que representam quase um milhão de pessoas em Mianmar, são vítimas de discriminações no país, onde quase 90% da população é budista.

Considerados estrangeiros, os rohingyas são apátridas, apesar da presença de algumas famílias em Mianmar há várias gerações.

Os números divulgados pelo enviado da ONU em uma entrevista em Seul são muito superiores aos do balanço anunciado pelo governo, de 432 mortos.

O balanço mais recente das autoridades de Mianmar, divulgado na quinta-feira, informa que 6.600 casas de rohingyas e 201 residências de pessoas não muçulmanas foram incendiados desde 25 de agosto.

As autoridades também informaram que 30 civis foram mortos - sete rohingyas, sete hindus e 16 budistas de Rakhine- nos combates.

O exército birmanês já havia anunciado que matou 387 rebeldes rohingyas, enquanto as autoridades indicaram que 15 membros das forças de segurança faleceram desde o início dos confrontos.

Lee afirmou à AFP que "é altamente provável que os números estejam subestimados".

"O mais lamentável, o mais grave é que não podemos verificar (os número) no momento porque não temos acesso", denunciou.

"Acredito que este será um dos piores desastres que o mundo e Mianmar conheceram nos últimos anos".


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