Jornal Estado de Minas

Assassinam jornalista no México, o décimo no ano

O jornalista mexicano Cándido Ríos, correspondente de um jornal regional do estado de Veracruz foi assassinado nesta terça-feira, informou um funcionário estatal. Com essa morte, chega a 10 o número de jornalistas assassinados no México em 2017.

Ríos foi morto com outras duas pessoas, apesar de ter sido incluído em um programa governamental de proteção a jornalistas e defensores de direitos humanos, disse à AFP Jorge Morales, secretário-executivo da Comissão estatal de proteção a jornalistas em Veracruz.

O jornalista, que cobria a editoria policial no Diario de Acayucan, foi baleado na companhia de um ex-delegado de polícia e outra pessoa não identificada, quando estavam fora de uma loja no povoado de Covarrubias, cerca de 200 quilômetros ao sudeste do porto de Veracruz.

Ríos, conhecido entre seus colegas como "Pavuche", morreu a caminho do hospital devido aos ferimentos de bala de alto calibre que recebeu, segundo fontes próximas.

Ele tinha uma longa trajetória como repórter policial e chegou a brigar com alguns ex-prefeitos da região devido a seu trabalho jornalístico.

Em 2017 foram assassinados outros oito jornalistas mexicanos, assim como um cinegrafista hondurenho que buscava refúgio no México após o homicídio de um colega em seu país.

O México é um dos países mais perigosos do mundo para exercer o jornalismo, com mais de 100 profissionais assassinados desde 2000, segundo organizações em defesa da liberdade de expressão que denunciam que mais de 90% desses crimes continuam impunes.

Em 2016 foram registrados 11 casos de homicídios de jornalistas.

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