Há menos de três meses morando em Barcelona, a produtora de eventos Fabíola Iglesias, de 45 anos, estava a apenas dois quarteirões das ramblas, local onde uma van atropelou e matou dezenas de pessoas, em um dos locais mais turísticos da cidade. "Quando olhei para trás, eu vi pessoas e sacolas voando", disse. "Nos primeiros segundos, o que senti foi pânico, um pânico horrível. A gente tem um instinto animal, de sobrevivência. Eu corri, corri muito com salto de plataforma", disse ela, ainda muito abalada com o incidente.
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Theresa May: 'o Reino Unido apoia a Espanha contra o terrorismo'Segundo suspeito de atentado em Barcelona teria sido morto pela polícia'Eu vi pessoas voando', diz mineira que estava a dois quarteirões do atentado 'Não vão nos aterrorizar', Casa Real espanhola condena ataque em BarcelonaEstado Islâmico assume autoria de atentado em BarcelonaA produtora iria se encontrar com um amigo VJ. "Mas me lembrei que iria buscar três relógios que estavam sem bateria e acabei parando em uma loja para comprar um chinelo. Foi a sorte. Porque iria pegar um táxi justamente em frente ao local do atentado."
Fabíola, que é de Belo Horizonte, é descendente de espanhóis e se mudou para a cidade catalã em maio para trabalhar.
Logo que entrou no shopping, Fabíola diz que as portas foram fechadas e que as pessoas permaneceram no local por duas ou três horas. Dentro do shopping, ela se lembra de uma pessoa gritando, como se estivesse em estado de choque, mas logo em seguida os gritos cessaram. Lá dentro também ela ouviu a notícia de que seriam dois mortos e, posteriormente, 13 mortos.
Assim que foi liberada, ela procurou avisar os pais, em Belo Horizonte, que estava indo para casa e que tudo estava bem. Ao sair na rua, ela viu que os táxis estavam fazendo corridas de graça, para que o local fosse evacuado mais rapidamente.
Nessa época do ano, além de ser férias, a maioria das lojas de Barcelona fazem uma grande liquidação, por isso as ramblas estão super lotadas.
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