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Estado de Minas

Liverpool comemora 50 anos de 'Sgt.Pepper'


postado em 02/06/2017 10:25

A cidade dos Beatles, Liverpool, comemora o 50º aniversário do lançamento do revolucionário álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" com fogos de artifício, murais e uma grande festa cultural.

As comemorações foram batizadas de "Sgt. Pepper at 50: Heading for Home" ("Sgt. Pepper aos 50: Voltando para casa) e servirão para que Liverpool volte a mostrar a sua gratidão a uma banda que atrai milhares de turistas para esta cidade portuária do noroeste da Inglaterra, além de, como o futebol, devolvê-la o orgulho nos momentos ruins.

O terceiro disco mais vendido da história foi reeditado com material inédito e com toques do filho do produtor original, George Martin.

"É incrível ver a nossa cidade natal se juntar para comemorar o disco", afirmou Paul McCartney, que escreveu a maior parte das canções do álbum junto com John Lennon.

"É emocionante comprovar, depois de tanto tempo, o quanto 'Sgt. Pepper' significa para tanta gente", acrescentou.

Lennon e McCartney, o guitarrista George Harrison e o baterista Ringo Starr quebraram barreiras com este disco lançado em maio de 1967, saudado como o primeiro álbum conceitual da música pop, e que abriu novos caminhos para a música.

As homenagens começarão nesta semana com fogos de artifício inspirados na canção psicodélica "Lucy in the Sky with Diamonds".

- Mural gigante -

Treze artistas de todo o mundo apresentarão instalações dedicadas a músicas do disco.

Jeremy Deller, vencedor do prêmio britânico de arte contemporânea Turner, a artista feminista americana Judy Chicago, músicos indianos e a diva de cabaré Meow Meow são alguns dos 13 artistas que transformaram as canções em novos formatos.

A instalação de Deller é inspirada em "With a Little Help from my Friends", e gira em torno do agente dos Beatles, Brian Epstein, cuja morte, em 27 de agosto de 1967, deixou a banda sem seu guia.

Deller criou cartazes que serão colados por toda a cidade e dizem: "Brian Epstein morreu por você".

"Era seu melhor amigo. Era um dos poucos em quem podiam confiar, que cuidava deles como um amigo faria", disse Deller à AFP.

"A canção fala sobre ser corajoso diante da solidão e tem um humor sarcástico muito comum a Liverpool. Ringo a cantou de forma desafinada. Por isso é comovente".

O mural gigante que Judy Chicago pintou na parede de um antigo armazém de grãos no cais Stanley é a sua maior obra até o momento. Inspirada na canção "Fixing a Hole", pode-se ver os quatro Beatles de costas, com o olhar fixo em anéis de fumaça psicodélicos e a frase "Four Lads From Liverpool" ("Quatro rapazes de Liverpool").

"Assim comemorei o período que representaram: mudanças, criar confusão!", explicou à AFP.

- Nostalgia pelo passado de Liverpool -

Em 1967, os Beatles já eram superestrelas que viviam em Londres, mas o período "Sgt. Pepper" está cheio de nostalgia por Liverpool, percebido em canções como "Penny Lane", de McCartney, e "Strawberry Fields Forever", de Lennon.

Na cidade permanecem detalhes que recordam o antigo esplendor de Liverpool, o grande porto do Império britânico.

Mas com o fim do Império, o fechamento de muitos cais e a desindustrialização converteram Liverpool em um local triste nos anos 1980. Graças a uma profunda reforma urbana, a cidade voltou à vida.

O prefeito de Liverpool, Joe Anderson, explicou que as comemorações pretendem mostrar o quanto "Sgt. Pepper" significa para a cidade em 2017.

"Liverpool tem algo único a oferecer: sua cultura e sua história. Por isso, nunca esqueceremos da influência dos Beatles", contou à AFP.

Estima-se que os Beatles deixem na cidade a cada ano 80 milhões de libras.

O museu dedicado à banda, The Beatles Story, atraiu 280.000 visitantes em 2016, contém objetos do grupo e suas salas narram a sua evolução musical.

Na quinta-feira, o museu apresentou as portas de ferro originais de Strawberry Field, um lar infantil do Exército da Salvação perto de onde Lennon cresceu.

Elas valiam uma fortuna, mas eram espaço de grafites, e a organização de caridade decidiu retirá-las em 2011 e substituí-las por uma réplica.

"As pessoa vêm de todo o mundo em peregrinação para ver estas portas", explicou à AFP o diretor do museu, Martin King.

"Os Beatles têm mais sucesso a cada dia", acrescentou King. "Despertam tanto interesse como sempre".


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