O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, voltou a criticar a Europa, nesta quinta-feira (6), "um continente que está apodrecendo" e que é o "centro do nazismo".
"A Europa já não tem nada para nos dizer, nem para nós, nem para ninguém mais.
"Os partidos racistas têm os dirigentes e os governos europeus na mão", continuou.
"A Europa não é mais o centro da democracia, dos direitos humanos e das liberdades, mas o das pressões, da violência e do nazismo", acrescentou.
As declarações do presidente turco surgem em um contexto de semanas de tensões com a União Europeia (UE), depois que Alemanha e Holanda anularam vários comícios pró-Erdogan em seus territórios.
A dez dias de um referendo, por meio do qual o governo pretende reforçar seus poderes, Erdogan quer aproveitar a indignação causada por essas proibições à Turquia para mobilizar seu eleitorado.
Essa escalada retórica piorou as relações entre Ancara e a UE, dois sócios comerciais que cooperam em assuntos como imigração e luta antiterrorista.
Nas últimas semanas, em diferentes ocasiões, a Turquia ameaçou deixar de aplicar o acordo firmado com Bruxelas no ano passado para conter a chegada de migrantes em situação clandestina às ilhas gregas do Egeu e que passam pelo território.
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