Juiz do Havaí reforça bloqueio a decreto de Trump contra imigração

AFP

O juiz federal do Havaí Derrick Watson, que havia suspenso o decreto contra imigração do presidente Donald Trump, reforçou a medida nesta quarta-feira, dificultando sua revogação.

Derrick Watson transformou sua ordem temporária de suspensão do decreto em uma medida preliminar, o que dificulta ainda mais a aplicação da decisão de Trump contra certos imigrantes.

Este tipo de medida, geralmente, não tem prazo para expirar, destacou o procurador-geral do Havaí, Doug Chin.

Isto significa que Trump ficará impedido de aplicar a proibição enquanto a questão não for resolvida em outra instância judicial.

Espera-se agora que o departamento de Justiça entre com uma apelação.

Watson emitiu sua primeira ordem de bloqueio do decreto de Trump em 15 de março, um dia antes de a medida entrar em vigor.

O decreto fechava as fronteiras aos refugiados por 120 dias e congelava a entrega de vistos a cidadãos de Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen por 90 dias.

O Iraque, que havia sido incluído em um primeiro decreto de Trump, foi retirado da versão revisada, que entraria em vigor no dia 16 de março.

Trump alega que a proibição é necessária para preservar a segurança nacional e manter os extremistas fora dos Estados Unidos.

Mas desde os atentados em Nova York e Washington, em setembro de 2001, todos os ataques graves nos Estados Unidos foram cometidos por americanos ou pessoas de países que não fazem parte dos seis incluídos no decreto presidencial.

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