Castigos severos, comida podre e banheiros com mofo fazem parte do calvário de centenas de imigrantes em uma prisão da Califórnia, situação que as autoridades federais e locais afirmaram nesta quinta-feira estar comprometidas a melhorar.
O Departamento de Segurança Interna (DHS) publicou esta semana as conclusões de uma inspeção surpresa feita em novembro na prisão Theo Lacy, operada pelo xerife do condado de Orange, e considerada um dos piores centros de reclusão para imigrantes deste estado fronteiriço com o México.
O inspetor geral do DHS, John Roth, que assinou o relatório, advertiu sobre os riscos à segurança e à saúde dos internos, enquanto a agência migratória ICE disse à AFP que "está comprometida com a segurança e o bem-estar dos presos".
Atualmente, o ICE tem 528 detidos em Theo Lacy.
Na visita foi comprovado que "estavam servindo aos presos, e parecia ser algo regular, carne aparentemente podre", indicou o memorando, que também destacou as "condições e serviços insatisfatórios" da prisão.
O DHS verificou "banheiros com mofo e pútridos, dejetos nas celas e telefones sem funcionar", falhas que o ICE assegurou terem sido "rapidamente" consertadas.
O DHS condenou as ações disciplinares da prisão, que podem durar até 30 dias.
Quando alguém é punido em Theo Lacy "fica isolado as 24 horas do dia em uma cela, sem visitas, recreação ou serviços religiosos.
A agência migratória determina que um preso separado tem direito a uma hora de recreação cinco vezes por semana, a receber visitar e orientação religiosa, assim como o uso limitado do telefone e material de leitura.
O DHS também criticou que não são processados os pedidos formais feitos pelos reclusos.
O gabinete do xerife de Orange disse em um comunicado que estava "comprometido com a saúde e a segurança dos imigrantes detidos".
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