Mais de 1,1 milhão de residências sem água no Chile após fortes chuvas

AFP

Mais de 1,1 milhão de residências em Santiago foram afetadas neste domingo por um corte de água fruto de fortes chuvas em cinco regiões do norte e centro do Chile, que deixaram quatro mortos, sete desaparecidos e milhares de pessoas bloqueadas, segundo autoridades.

Devido às tempestades que começaram neste sábado, 1,4 milhão de lares foram afetados pelo corte em 30 comunas de Santiago, mas, 10 horas após o início da emergência, a interrupção do serviço se reduziu a 1,1 milhão de residências, segundo o último informe da empresa Aguas Andinas, que abastece a capital chilena.

O corte afeta cerca de 4,5 milhões dos cerca de 6,5 milhões de habitantes da capital chilena.

O governo disponibilizou 200 pontos de abastecimento em toda a cidade, onde milhares de pessoas formaram longas filas com vasilhames, baldes e garrafas de plástico para encher de água de caminhões e contêineres.

As fortes chuvas, que começaram no sábado, provocaram deslizamentos de terra e escombros caíram no rio Maipo, que abastece a maior parte de Santiago, o que deixou as águas sujas e levou as autoridades a interromper o serviço.

As tempestades afetam zonas rurais do norte e centro do Chile, onde foram registrados transbordamentos de rios e deslizamentos em pelo menos cinco regiões.

Na área conhecida como Cajón del Maipo, a 47 km de Santiago, duas pessoas morreram, enquanto outras duas perderam a vida na região de O´Higgins e em Valparaíso. Sete pessoas continuavam desaparecidas, segundo informações oficiais.

A cheia do rio Maipo destruiu pontes e a estrada que liga a região a Santiago, "onde a força da natureza deixou cerca de 1,2 mil pessoas isoladas", segundo a governadora da província de Cordillera, Vanessa Marimon.

Após horas de trabalho, autoridades conseguiram evacuar 95% das pessoas bloqueadas, graças ao restabelecimento parcial da estrada e a pontes aéreas com helicópteros, informou o governador Orrego.

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