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Estado de Minas

Pyongyang acumula uma longa lista de assassinatos


postado em 15/02/2017 13:10

O meio-irmão de Kim Jong-un foi assassinado em Kuala Lumpur em um episódio digno da Guerra Fria, que se soma à longa lista de homicídios deliberados e tentativas de homicídio provocados pela Coreia do Norte.

Kim Jong-nam, cujo meio-irmão dirige a Coreia do Norte desde a morte do pai de ambos, em dezembro de 2011, foi supostamente envenenado na segunda-feira por duas agentes secretas no aeroporto da capital malaia.

A seguir, alguns dos ataques mortíferos lançados pela Coreia do Norte.

- 1968, Seul -

Em plena Guerra Fria, uma equipe de 31 comandos foi enviada por Pyongyang a Seul para assassinar o presidente Park Chung-hee.

Foram detidos a apenas uma centena de metros da Casa Azul, a presidência sul-coreana. Ocorreu um tiroteio e mais de 90 sul-coreanos morreram, muitos deles civis que estavam em um ônibus. Apenas dois dos 31 comandos sobreviveram. Um fugiu à Coreia do Norte e o outro foi capturado.

- 1974, Seul -

O presidente Park, pai da atual presidente Park Geun-Hye, sobreviveu a uma nova tentativa de assassinato. Um coreano partidário da Coreia do Norte, que vivia no Japão, Mun Se-gwang, atirou no presidente durante um discurso. A tentativa de matar o dirigente falhou, mas a esposa do presidente, Yuk Young-soon, foi abatida. O assassino foi executado.

- 1983, Yangon -

Agentes norte-coreanos mataram 21 pessoas, entre elas quatro ministros sul-coreanos, em um atentado com bomba.

Os dois agentes esconderam uma bomba-relógio sob o telhado do Mausoléu dos Mártires em Yangon, com a intenção de matar o presidente Chun Doo-hwan. Mas o artefato explodiu antes do tempo, e não na chegada do chefe de Estado, que se salvou do atentado. Seu entorno, no entanto, sofreu baixas.

Três agentes norte-coreanos fugiram. Um foi abatido e os outros dois capturados pelas autoridades birmanesas.

- 1987, Mar de Andamão -

Uma bomba-relógio colocada por dois agentes norte-coreanos a bordo de um voo da companhia Korean Air explodiu quando sobrevoava o mar de Andamão. As 115 pessoas que estavam a bordo da aeronave, que realizava a rota entre Bagdá e Seul com escala em Abu Dhabi, morreram.

Os dois agentes foram perseguidos até o Bahrein. Um deles se suicidou ingerindo uma cápsula de cianureto escondida em um cigarro. A outra, Kim Hyon-hee, foi capturada pelos serviços do Bahrein, e enviada posteriormente a Seul.

Hyon-hee reconheceu depois que o atentado era dirigido contra a organização dos Jogos Olímpicos de 1988 em Seul. Condenada à morte, foi indultada.

- 1996, Vladivostok -

O diplomata sul-coreano Choi Duk-keun foi encontrado espancado até a morte em Vladivostok. Os meios de comunicação sul-coreanos apontaram uma ação de represália pela morte de 25 marinheiros norte-coreanos após o naufrágio de seu submarino na Coreia do Sul durante uma tentativa de infiltração.

- 1997, Seul -

Yi Han-yong, sobrinho de Sung Hey-ril, mãe de Kim Jong-nam, foi abatido diante de sua casa em Seul. Os dois assassinos nunca foram capturados.

Yi vivia na Coreia do Sul desde sua deserção, em 1982. Em suas memórias publicadas revelou detalhes sobre a vida privada de Kim. A publicação deste livro foi considerada o motivo do assassinato.


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