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Estado de Minas

Agressor do Louvre é 'formalmente identificado'


postado em 08/02/2017 18:16

O homem que na sexta-feira (3) atacou militares perto do museu do Louvre, em Paris, foi "formalmente identificado" como Abdallah El-Hamahmy, um egípcio de 29 anos, informaram nesta quarta-feira (8) fontes próximas à investigação.

Gravemente ferido por disparos dos militares, El-Hamahmy começou a falar com os investigadores na segunda-feira (6), mas se recusou a dar sua identidade. Porém, de acordo com as investigações, não restam dúvidas sobre a mesma, afirmaram as fontes.

Seu estado de saúde piorou muito na terça-feira (7) e, por isso, sua prisão preventiva havia sido cancelada.

O agressor vem de uma família egípcia e trabalhava no comando de uma empresa nos Emirados Árabes Unidos. Nada indicava que pudesse cometer este ataque.

Mas na sexta-feira, pouco antes das 10H00 locais, na entrada da galeria comercial do museu, se lançou contra militares de uma patrulha, com dois facões de 40 centímetros, e gritou "Allah Akbar" ("Deus é o maior", em árabe).

Um dos militares ficou levemente ferido, mas o agressor acabou sendo atingido no abdômen por outro militar.

Uma situação inimaginável por seu pai, um funcionário de alto escalão já aposentado da polícia egípcia. Reda El-Hamahmy descreveu à AFP um "jovem comum" que não imaginaria atacando "quatro guardas" armados. Seu filho nunca havia dado sinais de radicalização.

O ex-policial não teve mais notícias do filho desde sexta-feira, e não sabe explicar os tuítes que citam um versículo do Alcorão que promete o paraíso para os que morrerem lutando por Deus.

Originário da cidade de Mansura, Abdallah El-Hamahmy cresceu em uma família praticante do islamismo moderado, segundo seu pai.

Após a Primavera Árabe, em 2011, que derrubou os governos de Zine El Abidine Ben Ali, na Tunísia, e de Hosni Mubarak, no Egito, seus tuítes levavam a pensar que via com bons olhos a chegada dos islamistas ao poder.

A data de sua chegada aos Emirados Árabes não foi determinada, mas sabe-se que ele votou no consulado egípcio em Dubai nas eleições presidenciais de 2012, vencidas pelo islamista Mohamed Morsi.

Sua estadia em Paris foi preparada com antecedência: visto solicitado em outubro e autorizado em novembro para ficar um mês a partir de 20 de janeiro de 2017. Em 26 de janeiro se instalou em um apartamento em Paris e dois dias depois comprou os facões.

Abdallah El-Hamahmy afirmou que não queria ter atacado os militares, mas sim realizar um ato simbólico contra a França, destruindo obras de arte do museu.

Caso seu estado de saúde melhore, terá que enfrentar um juiz de instrução em seu julgamento.


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