A comparação de Trump foi feita inicialmente no Twitter e depois na coletiva de imprensa na quarta-feira, em uma tentativa de expressar a sua indignação com as acusações feitas na imprensa de que agentes russos teriam materiais comprometedores sobre Trump.
No Twitter, Trump afirmou que as agências de inteligência nunca deveriam ter permitido que "esta falsa notícia escapasse para o público". "Um último tiro em mim. Estamos vivendo na Alemanha nazista?", conclui.
"O que eu acho ultrajante é comparar o pessoal da inteligência com a Alemanha nazista", disse Brennan, em entrevista ao programa Fox News Sunday. "Eu fico muito envergonhado com isso, e não há nenhuma base para Trump apontar os dedos para a comunidade de inteligência por vazamento de informações que já estavam disponíveis publicamente".
Brennan, que Obama indicou para liderar a CIA há quatro anos, defendeu a decisão das agências de inteligência de informar Trump sobre as alegações. "Não há interesse em minar o presidente eleito", disse ele. "É nossa responsabilidade ter certeza de que entendem as ameaças."
O diretor da CIA também disse que a repetida e pública denúncia de Trump contra a comunidade de inteligência corre o risco de subestimar a segurança nacional. "O mundo está assistindo agora ao que Trump diz e escutando com muito cuidado", disse ele.