Jornal Estado de Minas

Luta contra cólera no Haiti exige mais fundos, diz ONU

O surto de cólera que tomou conta do Haiti depois que o furacão Matthew atingiu o país foi contido, mas a doença persiste devido à escassez de financiamento, indicou a ONU.

Uma epidemia da doença transmitida pela água - que se espalhou pelo país após um grande terremoto em 2010 - ressurgiu depois que Matthew devastou o país, no início de outubro.

O número de casos registados duplicou entre setembro e outubro: quase a metade dos pacientes vivem nas duas províncias do sul mais devastadas pelo Matthew, em áreas que até agora não eram o foco principal da luta contra a cólera.

"Em novembro, a situação nas áreas mais afetadas pelo Matthew melhorou, com uma diminuição de 25% dos casos suspeitos entre outubro e novembro, passando de 2.400 a 1.800", afirmou em seu relatório o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos humanitários (OCHA, em inglês) no Haiti.

A ONU afirma que a situação melhorou graças a um aumento da mobilização de equipes de emergência, à distribuição de água potável e a uma campanha de vacinação de 800.000 pessoas.

Mas o financiamento é necessário para apoiar as necessidades humanitárias do país mais pobre da América, disse Mourad Wahba, coordenador humanitário da ONU no Haiti.

A epidemia de cólera no Haiti é a mais virulenta da história contemporânea.

Entre janeiro e novembro, 40.000 pessoas foram infectadas e 420 morreram.

Desde outubro de 2010, provocou a morte de mais de 9.400 haitianos e infectou mais de 80.000.

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