As autoridades alemãs anunciaram que estão em busca de possíveis cúmplices do suposto autor do atentado de Berlim, morto nesta madrugada em Milão, e advertiu que a ameaça terrorista continua a ser "elevada" no país.
"Para nós, agora, é de grande importância determinar se na preparação e execução (do ataque) e na fuga do suspeito, houve uma rede de apoio, uma rede de ajuda, de cúmplices ou pessoas que o ajudaram", declarou nesta sexta-feira o procurador alemão Peter Frank em coletiva de imprensa em Karlsruhe (sudoeste).
Os investigadores querem reconstituir o percurso do tunisiano de Berlim até Milão para determinar se ele beneficiou de ajuda, explicou Frank.
A questão é desvendar como ele conseguiu sair da Alemanha sem ser notado pelas forças policiais e de segurança do país. "Estamos em contato com as autoridades italianas", acrescentou.
Os investigadores também estão tentando determinar se a arma com a qual Anis Amri baleou um policial italiano antes de ser morto é a mesma que foi usada para matar o motorista do caminhão polonês utilizado no ataque de segunda-feira à noite em Berlim, matando 12 pessoas e ferindo outras 50.
A chanceler alemã Angela Merkel considerou nesta sexta-feira que o perigo imediato foi descartado, após a morte do suposto autor do ataque de Berlim, abatido pela polícia italiana em Milão, mas que a ameaça terrorista continua.
"Podemos nos sentir aliviados pelo fato de que o perigo imediato foi descartado", declarou Merkel em Berlim, mas "o perigo terrorista em seu conjunto continua presente, como desde há vários anos", acrescentou a chanceler.