Jornal Estado de Minas

Venezuelanos se aglomeram na fronteira com Colômbia

Centenas de venezuelanos se aglomeravam nesta sexta-feira na fronteira com a Colômbia - fechada por determinação do presidente Nicolás Maduro - para tentar sair da Venezuela, em meio à crise política e econômica que abala o país.

"Queremos passar! Queremos passar!" - gritava uma multidão diante dos militares que protegem a ponte internacional Simón Bolívar, que une San Antonio del Táchira à cidade colombiana de Cúcuta.

"Estamos sofrendo, estamos com fome, não temos remédios, não temos nada, nada. E agora, com isto do dinheiro, nem comida podemos comprar", disse Carmen Rodríguez, em referência à retirada das notas de 100 bolívares de circulação ordenada por Maduro para combater as "máfias" do contrabando.

Rodríguez, que tem dupla nacionalidade - colombiana e venezuelana - denunciou que as autoridades da Venezuela a obrigaram a renunciar à nacionalidade venezuelana e a matricular suas três netas em colégios da Colômbia para poder sair do país, e mesmo assim foi impedida.

Blanca Rivera, 30 anos, queria ir a Cúcuta para passar o Natal com sua família. "Não nos deixem aqui, por favor (...). Temos fome, não fomos ao banheiro. Por favor, por favor".

Maduro ampliou em 72 horas o fechamento das fronteiras com Colômbia e Brasil, em uma medida iniciada na segunda-feira como parte da retirada das notas de 100 bolívares de circulação para combater o contrabando.

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