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Estado de Minas

Atentado do EI mata 70 peregrinos xiitas no Iraque


postado em 24/11/2016 15:31

Um ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) matou nesta quinta-feira pelo menos 70 peregrinos xiitas ao sul de Bagdá, no último episódio de uma série de ataques desde o início da ofensiva lançada pelas autoridades para recuperar a cidade de Mossul.

Um caminhão-bomba contendo 500 litros de nitrato de amônia explodiu em um movimentado posto de gasolina lotado de ônibus retornando de uma importante festa religiosa na cidade sagrada xiita de Karbala (sudoeste), informou o serviço segurança.

"Pelo menos 70 pessoas foram mortas, incluindo ao menos 10 iraquianos, os demais eram iranianos", declarou à AFP Falah al-Radhi, chefe de segurança do conselho provincial da Babilônia, onde o ataque ocorreu.

O atentado aconteceu na aldeia de Chomali, a 120 km da capital do Iraque e 80 km de Kerbala.

Em um comunicado citado pelo centro americano de vigilância de sites extremistas, SITE, o EI, uma organização ultrarradical sunita, afirmou que um suicida "explodiu o veículo em sua concentração, causando mais de 200 mortos e feridos, incluindo iranianos".

"Há corpos completamente carbonizados no local", descreveu Falah al-Radhi, enquanto imagens postadas nas redes sociais mostravam destroços espalhados por um grande trecho da estrada que liga Bagdá à cidade portuária de Basra (sul).

Entre 17 e 20 milhões de muçulmanos xiitas, incluindo três milhões de iranianos, reuniram-se na segunda-feira em Karbala, 80 quilômetros ao sul de Bagdá, para comemorar o Arbain, o fim dos 40 dias de luto pela morte do imã Hussein, neto do profeta Maomé assassinado em 680.

Este grande evento do calendário xiita foi organizado sob forte esquema de segurança, após ter sido alvo nos últimos anos de ataques do EI.

O grupo extremista reivindicou vários ataques no Iraque desde o início da ofensiva, em 17 de outubro, das forças iraquianas para recuperar Mossul, a maior cidade do norte do Iraque e que se tornou sua fortaleza em junho de 2014.

A organização radical está quase totalmente cercada em seu reduto pelas forças pró-governo.

Na quarta-feira, a oeste de Mossul, as forças paramilitares do Hachd al-Chaabi ("Mobilização Popular"), dominada por milícias xiitas, anunciaram ter cortado a rota de abastecimento do EI entre Mossul e Raqa, sua fortaleza na Síria, cerca de 400 km a oeste.

Ao norte e ao sul, os peshmergas (combatentes curdos) e outras tropas se aproximam da cidade, enquanto que no interior de Mossul, tropas de elite iraquianas (CTS) dizem ter recuperado o controle de 40% da zona leste da cidade.

As unidades do CTS continuam nesta quinta a avançar no centro da cidade, apesar da resistência feroz do EI, cinco semanas após o início da ofensiva.

Depois de tomar o bairro de Aden, as tropas de elite combatem no bairro vizinho de Al-Khadraa, informou nesta quinta-feira à AFP um de seus comandantes, Maan al-Saadi.

"Eles não podem fugir. Eles têm duas opções: se render ou morrer", disse a respeito dos combatentes do EI.

'Combate brutal'

Um dia antes, a coalizão internacional liderada por Washington destruiu uma das últimas pontes sobre o rio Tigre, que corta a cidade, para evitar que o EI se reabasteça no leste de Mossul.

Consequência: os extremistas "não podem ir para qualquer lugar, eles não podem repor ou enviar reforços", disse à AFP o coronel John Dorrian, porta-voz da coalizão.

No entanto, a batalha de Mossul está longe de terminar. "Este é um combate brutal, extraordinariamente difícil, mas é inevitável e os iraquianos estão indo para vencê-los", argumentou o comandante americano.

A resistência dos combatentes islâmicos é feroz: ataques suicidas, carros-bomba, atiradores, explosivos escondidos em casas e prédios.

E a parte oeste da cidade, onde estão a maioria das fortalezas extremistas, ainda precisa ser conquistada. Suas ruas estreitas prometem complicar o movimento das forças governamentais.

A presença de uma grande população civil no coração da cidade também reduz a capacidade das forças iraquianas de usar armas pesadas contra os extremistas. Mais de um milhão de civis ainda viveriam em Mossul.


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