A AFP conversou com eleitores por todo o território americano nesta terça-feira de eleição presidencial, na qual os eleitores escolhem entre a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump. Aqui estão algumas dessas vozes:
Nova York
ELEITORA PELA PRIMEIRA VEZ: "Estava muito entusiasmada", disse Katie Kope, de 19 anos, que votou no republicano Trump. "Estava um pouco dividida entre os dois, mas não confio em Hillary".
O que acontecerá se a democrata ganhar? "Não tenho medo, mas não a amo. Acredito que é um pouco corrupta. Não espero muito de nenhum dos dois".
FAMÍLIA DIVIDIDA: Marina, de 57 anos, votou em Trump, mas seu filho Andre, de 30, escolheu Hillary.
Brigaram? "Sim, durante os últimos dias", disse Andre. "Discutimos", corrigiu a mãe, sorrindo.
LATINA POR TRUMP: "Votei em Trump porque precisamos de uma mudança. Não gosto da forma como ele fala, mas acho que ele vai corrigir isso", disse à AFP Aura Montoya, colombiana de 60 anos que trabalha como babá e empregada doméstica.
ESTRELAS E LISTRAS: A escolha estava clara para a imigrante de Bangladesh Lutfun Burham, de 45 anos. Ela usou um lenço com as cores da bandeira americana para votar. "Sou muçulmana e, obviamente, voto em Hillary. Adoro ela. É direta conosco".
BULLYING: "Hillary tem uma história. Trump, o único que tem, é o bullying.
A VOLTA DE REAGAN: "Trump seria um grande presidente", disse R. Raju, de 70 anos. "Não bom, ótimo. É como um Ronald Reagan".
E o que pensa de Hillary? "Ela deveria estar na prisão... Eu sou da Índia. Os países do terceiro mundo agem como os Clinton".
Washington DC
ALTA ANSIEDADE: "Tenho tido ansiedade eleitoral nas últimas duas semanas, caso a votação fosse para o outro lado, o lado de Trump, que é uma realidade potencial aterrorizante", disse a eleitora Liz Anderson - que, no entanto, diz estar "muito confiante" na vitória de Hillary.
"Independente de quem ganhar, haverá um grupo enorme esperando para acusar o outro", disse. "Acho que depois das eleições haverá um grande movimento em direção à cura".
Miami, Flórida
O QUE SEI: "Votei em Donald Trump", disse Peter Fernández, lavador de pratos de 21 anos, nascido em Hialeah, um setor predominantemente cubano.
"Não sei de muita coisa, não sou muito educado.
CALÇAS: "Votei na Hillary porque este país precisa de uma mulher com calças", disse à AFP Leonor Pérez, de 74 anos, também de Hialeah.
"Trump? Esse velho é louco, por mim ele estaria em uma ala psiquiátrica amarrado com correntes".
Flint, Michigan
FRACASSO DE AMBOS OS PARTIDOS: "Acho que ambas as partes fracassaram durante os anos que estiveram no poder", disse David Arntzen, de 29 anos, que se descreve como um democrata que votou em Trump, o candidato que "quer devolver o governo ao povo".
NAVIO NEGREIRO: "Quando ele diz que quer tornar a América grande de novo ('make America great again', slogan de Trump), isso me assusta, porque a única coisa em que posso pensar é em navios negreiros e nós de forca", disse Sandra Wynn, 58 anos, afro-americana aposentada da indústria automobilística que votou em Hillary.
Los Angeles
NAZISTA: "Não, não, não!", gritou a imigrante mexicana Guadalupe Cobian, de 64 anos, com os olhos fechados, quando ouviu o nome de Trump. "Ele é um racista, não gostamos dele".
"Esse cara é um nazista, meu voto é para 'La Señora'", disse Margarito Salinas, de 88 anos, também do México.
"Eu gosto dela, eu odeio o Trump", afirmou Aurora Olivares, de 22 anos. "Não é só pelo que ele disse sobre o México, de todos os modos eu teria votado na Hillary. Ele me fez odiá-lo".
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