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Estado de Minas

Ataque contra Academia de Polícia no Paquistão deixa 61 mortos


postado em 25/10/2016 12:10

Três suicidas fortemente armados invadiram na noite de segunda-feira uma Academia de Cadetes da Polícia em Quetta, sudoeste do Paquistão, espalharam o terror durante várias horas e mataram 61 pessoas.

Os três homens foram mortos, ou detonaram explosivos presos ao corpo, após várias horas de confrontos.

Este é um dos ataques mais violentos em 2016 no Paquistão, após os atentados de Lahore em 25 de março (75 mortos) e Quetta em 8 de agosto (73 mortos)

O ataque foi reivindicado por duas organizações, os talibãs paquistaneses (TTP) e o grupo Estado Islâmico (EI).

O TTP afirma em um comunicado que o atentado pretende "vingar o assassinato indiscriminado de nossos mujahedines" por membros das forças de segurança na província de Punjab.

O EI utilizou sua agência de propaganda, Amaq, para afirmar que o ataque foi executado por "três homens-bomba do Estado Islâmico".

Os hospitais afirmaram que receberam 61 corpos. As autoridades não informaram se entre os cadáveres estão os dos criminosos.

Muitas vítimas fatais eram jovens cadetes da academia. Outras 118 pessoas ficaram feridas.

De acordo com o exército, os três criminosos conseguiram entrar na Academia de Polícia, onde moram quase 700 cadetes, às 23H30 locais (16H30 de Brasília, segunda-feira).

"Primeiro atacaram a torre de vigilância e após um tiroteio conseguiram entrar no prédio da academia", informou Mir Sarfaraz Ahmed Bugti, ministro provincial de Assuntos Internos da província do Baluchisão.

Um dos criminosos detonou os explosivos presos ao corpo, segundo testemunhas.

Os criminosos "entravam em um quarto e atiravam, depois passavam ao seguinte. Batiam na porta e diziam aos cadetes que eram do mesmo grupo deles, do exército, e quando abriam eles atiravam", relatou um ferido, Hikmatullah.

Rapidamente o exército iniciou uma operação, com o apoio de helicópteros.

Imagens de TV mostraram soldados entrando na academia e ambulâncias retirando os feridos.

As forças de segurança chegaram ao local em 20 minutos, afirmou o general Sher Afgan, comandante da Frontier Corps, unidade paramilitar responsável por operações contraofensivas.

"Acabamos com o ataque três horas depois de nossa chegada", informou o general, após mencionar um intenso confronto.

O general Sher Afgan atribuiu o ataque ao grupo armado Lashkar-e-Jhangvi (LeJ), aliado aos talibãs.

Para o analista paquistanês Amir Rana, a pista de uma ação do LeJ parece mais confiável. Na maior parte das vezes, "os grupos insurgentes tentam enganar após um atentado (...) para criar confusão e para ganhar crédito", explicou.

O poderoso chefe do Estado-Maior do exército, general Raheel Sharif, e outros comandantes de alto escalão viajaram a Quetta para acompanhar uma cerimônia militar em homenagem às vítimas. O primeiro-ministro, Nawaz Sharif, também viajou ao local para presidir uma reunião de alto nível dedicada à segurança.

- Região instável -

Em agosto, um ataque suicida contra um hospital de Quetta deixou 73 mortos, incluindo vários advogados que protestavam contra a morte de um colega em um tiroteio.

O atentado de agosto foi reivindicado por uma facção talibã, a Jammat-ul-Ahrar (JuA), e depois pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

A província do Baluchistão, a mais ampla e mais pobre do Paquistão, é uma das mais instáveis do país. A região é cenário frequente de atos de violência de extremistas islâmicos, além de conflitos religiosos e de uma insurreição armada.


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