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Estado de Minas

Guerrilha das Farc dá seu apoio unânime ao acordo de paz na Colômbia


postado em 23/09/2016 21:31

A guerrilha colombiana das Farc deu seu apoio unânime ao acordo de paz alcançado com o governo de Juan Manuel Santos para por fim a 52 anos de conflito armado, anunciou nesta sexta-feira Iván Márquez, o negociador chefe dos rebeldes nos diálogos de Cuba.

"Os guerrilheiros e guerrilheiras deram seu apoio unânime ao Acordo Final de Havana", assinalou Márquez, citando solenemente o escritor colombiano Gabriel García Márquez: "Acabou-se a guerra. Digam a Mauricio Babilonia que já pode soltar as borboletas amarelas".

"Viva a Colômbia! Viva a paz!" - gritou Márquez antes de abandonar a sala de imprensa instalada em meio às verdes colinas de Yarí, seguido por cerca de 30 dirigentes rebeldes que formam o Estado-Maior das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Militantes políticos, entre eles a ex-senadora e ativista Piedad Córdoba, líderes bascos ligados ao ETA e defensores da independência de Cataluña se aproximaram para saudar o Estado-Maior rebelde, pedir autógrafos e tirar 'selfies', especialmente com Márquez.

"Estou feliz! Estamos muito contentes para dar a boa notícia à Colômbia", disse Márquez aos jornalistas. "Nos vemos em Cartagena".

A cidade de Cartagena será palco, na próxima segunda-feira, do ato de assinatura do acordo de paz entre o governo e as Farc, que entrará em vigor após ser ratificado em um plebiscito no dia 2 de outubro.

A transformação da guerrilha marxista em um movimento político legal mobilizou os debates do encontro iniciado no sábado passado, que reuniu 207 delegados das Farc de toda a Colômbia.

A reunião também reafirmou a "confiança" na direção das Farc, declarou Márquez, ao destacar que esta "conduziu com acerto o processo de reconciliação".

A conferência decidiu ampliar os atuais 29 membros do Estado-Maior para 61 e acertou a realização, "nos próximos meses", de um congresso que terá a missão de decidir os trabalhos políticos "por vir".

Segundo fontes da guerrilha, este "congresso" será "em abril ou maio", assim que for concluída o abandono das armas e a reincorporação à vida civil dos ex-combatentes.

Constituinte

Márquez defendeu "um grande acordo político nacional" que inicie o processo para se convocar uma Assembleia Nacional Constituinte na Colômbia.

"Convocamos a tornar realidade este apelo (...), para um grande acordo político nacional (...) para atender os desafios que a paz exige".

"As condições propícias para este propósito se encontram no impulso de um processo constituinte aberto que conduza à convocação e à realização de uma Assembleia Nacional Constituinte".


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