Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram, neste sábado, em sete cidades alemãs para denunciar o projeto do tratado de livre-comércio entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, negociações apoiadas por Angela Merkel, mas cada vez mais criticadas pelos países europeus.
Cerca de trinta ONGs, sindicatos e partidos políticos esperavam mobilizar 250.000 pessoas contra o chamado TTIP.
Em Berlim, esperava-se a participação de 80.000 manifestantes, apesar da forte chuva que caía ao meio-dia.
Também foram organizadas manifestações em Hamburgo, Munique, Frankfurt, Colônia, Stuttgart e Leipzig.
"Democracia em vez de TTIP" se lia nos cartazes, em referência à Associação Transatlântica para o Comércio e o Investimento (TTIP, na sigla em inglês), o acordo que tem prevista uma nova rodada de negociações em outubro.
Os manifestantes também denunciam a conclusão de um acordo entre a UE e o Canadá, o CETA ('Comprehensive Economic and Trade Agreement'), um acordo de livre-comércio que ainda deve ser ratificado pelos parlamentos nacionais do bloco europeu.
Estes acordos comerciais preocupam a Alemanha, apesar de Merkel insistir que gerarão "criações de emprego". Uma opinião que não é compartilhada pelo vice-chanceler social-democrata, Sigmar Gabriel, que criticou com veemência o tratado.
Os acordos suprimem as barreiras comerciais e regulamentárias em ambos os lados do Atlântico e apontam uma liberalização quase total dos intercâmbios.
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