A Defesa Civil informou que subiu para 159 o número de vítimas fatais do terremoto que atingiu a região central da Itália nesta terça-feira. Das vítimas, 106 morreram em Accumoli e Amatrice, e outras 53 em Arquata.
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Terremoto deixa mais de 120 mortos no centro da ItáliaTerremoto deixa mais de 70 mortos no centro da ItáliaVeja os principais terremotos que atingiram a ItáliaApós terremoto, prefeito diz que metade de Amatrice, na Itália, não existe maisAmatrice, na Itália, tem moradores sob escombros após terremotoTerremoto na Itália deixa 247 mortos e centenas de desaparecidosDezenas de socorristas, policiais e voluntários trabalham sem descanso nas pequenas localidades de Amatrice e Accumoli, na região de Lácio, e Arquata del Tronto, na região de Marcas, as três mais afetadas pelo terremoto, para retirar pessoas dos escombros. O tremor, que foi sentido em Roma e Veneza, acordou a população às 03h30 locais (22h30 de Brasília de terça-feira).
O epicentro foi localizado perto de Nórcia, uma cidade da região da Umbria, a 150 km de Roma, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Os feridos mais graves estão sendo levados à capital da província, Rieti, assim como a hospitais de Roma e Florença em helicópteros.
As autoridades nacionais decidiram mobilizar o exército para os trabalhos de resgate, que são particularmente complicados por se tratar de pequenas localidades em meio às montanhas que ficaram quase destruídas. O chefe da Defesa Civil, Fabrizio Curcio, confirmou à imprensa que "muitos edifícios ficaram destruídos" em várias localidades e que teme-se pela vida de seus habitantes.
As imagens transmitidas pela televisão foram dramáticas, com montanhas de pedra, desabamentos, edifícios rachados e casas destruídas pelo tremor. Segundo a agência italiana de notícias AGI, ao menos cem pessoas estão desaparecidas sob os escombros.
Boa parte dos habitantes das localidades mais afetadas perambulam pelas ruas, sem casa, completamente chocados.
Vítimas
"Minha irmã e meu irmão estão sob os escombros. Não dão sinal de vida.
Uma família inteira, dois adultos e dois filhos, que estavam de férias nesta região perdeu a vida no tremor. "Salvei-me milagrosamente. Dez segundos foram suficientes para destruir tudo", contou Marco, morador de Amatrice, ao jornal La Repubblica.
Os ponteiros do relógio do antigo campanário de seu povoado, um dos poucos monumentos que sobreviveu, ainda marcam 03h30, a hora do fatídico tremor. O prefeito do pequeno povoado de Accumoli, Sergio Pirozzi, contou que sua comunidade, situada a 40 km do epicentro, ficou completamente destruída.
"Setenta e cinco por cento do povoado não existem mais", lamentou comovido depois de confirmar danos no hospital local. Muitos turistas estavam na região para participar das festas organizadas todos os anos em Amatrice por ocasião da criação de uma famosa receita de espaguete.
"Os hotéis estavam todos lotados", explicou o prefeito. Também se trata de uma das zonas com mais risco sísmico da Itália, país que possui uma geologia muito particular.
Vários tremores secundários foram sentidos no resto da noite, um de 3,9 graus na província de Perúgia e outro mais forte de 5,3, que foi novamente sentido em Roma, às 04h30 locais.
O centro da Itália sofreu há sete anos, durante a madrugada, um forte terremoto de 6,3 graus que deixou mais de 300 mortos na região de Áquila.
Com agências.