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Estado de Minas

De Niro compara Trump com o delirante anti-herói de 'Táxi Driver'


postado em 13/08/2016 12:40

O ator americano Robert De Niro comparou neste sábado o candidato republicano à Casa Branca Donald Trump com Travis Bickle, o delirante anti-herói que interpretou em "Taxi Driver", e concluiu com um desejo: "Que Deus nos ajude".

De Niro se encontra em Sarajevo para participar do festival de cinema desta cidade, que na sexta-feira divulgou uma versão restaurada do clássico cinematográfico "Taxi Driver" (Martin Scorsese, 1976). No filme, o veterano da guerra do Vietnã Travis Bickle é um motorista de táxi em Nova York que, pouco a pouco, vai sucumbindo à esquizofrenia e à paranoia.

"O que é significativo para mim é a ironia de que no fim (do filme, o protagonista) dirige novamente um táxi... e é celebrado por isso. O que, de maneira estranha, também é pertinente hoje", disse o astro do cinema ao ser questionado sobre o personagem de Travis Bickle 40 anos depois da produção deste filme que ganhou a Palma de Ouro em Cannes.

O imprevisível candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, foi criticado inclusive dentro do grupo republicano por seus comentários durante a campanha.

"É uma loucura, pessoas como Donald Trump, que são totalmente...", comentou o ator sem terminar a frase. "Não deveriam estar onde estão. Então que Deus nos ajude", ironizou durante uma conversa com o público à margem do festival, do qual neste ano é o convidado de honra.

"Acredito que as pessoas começam realmente agora a rejeitá-lo. Os meios de comunicação prestaram toda a atenção a ele, e agora começam a dizer, 'Vamos, Donald, é ridículo, é uma loucura, não tem sentido'. Porque o que dizia durante a campanha é realmente totalmente uma loucura", insistiu De Niro.

Não é a primeira vez que o ator critica o excêntrico milionário. Em 2011, quando Trump ainda não havia manifestado suas ambições presidenciais, De Niro também classificou os propósitos do magnata de "loucura" quando ele questionou a nacionalidade do atual presidente americano, Barack Obama.

Na sexta-feira, o jornal americano Politico informou que mais de 70 influentes republicanos assinaram uma carta pedindo ao partido que pare de gastar dinheiro na campanha presidencial de Trump e passe a destiná-lo à disputa legislativa de novembro.

"Acreditamos que as dissensões, imprudências, incompetência e o recorde de impopularidade de Donald Trump arriscam transformar esta eleição em uma avalanche democrata", afirma o rascunho do texto de uma carta ao presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus, obtido pelo jornal.

O texto pede uma "mudança imediata" do partido no financiamento das campanhas das eleições do Senado e da Câmara de Representantes para ajudar os candidatos republicanos que estão abaixo das pesquisas e cujas perspectivas eleitorais foram afetadas pela impopularidade de Trump.

"Esta não deveria ser uma decisão difícil, já que as chances de Donald Trump ser eleito estão se evaporando dia após dia", afirma a carta.


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