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Estado de Minas

Londres e Paris comemoram o centenário da batalha mais violenta da Primeira Guerra


postado em 01/07/2016 11:37

As cerimônias para comemorar o centenário da batalha mais sangrenta da Primeira Guerra Mundial, a Batalha de Somme, tiveram início nesta sexta-feira, no norte da França, onde François Hollande se encontrará com a família real britânica e o primeiro-ministro David Cameron.

O evento teve início às 07H28 (2H28 de Brasília) na cratera de Ovillers-la-Boiselle, no momento em que há 100 anos 30 toneladas de explosivos foram detonados pelos exércitos britânico e francês para dinamitar as defesas da Alemanha.

A explosão, que provoco uma enorme cratera de 91 metros de diâmetro, ainda hoje visível, marcou o início da ofensiva aliada.

No mesmo momento foram respeitados dois minutos de silêncio em Londres, onde a rainha Elizabeth II participou durante a noite em uma cerimônia em Westminster.

Em Somme, o príncipe Charles, o primeiro-ministro britânico David Cameron e o presidente francês François Hollande, que teve a presença decidida depois do resultado do referendo britânico, prestam homenagem aos 1,2 milhão de mortos, feridos ou desaparecidos, de todas as nacionalidades, nos cinco meses desta batalha.

Perto do memorial de Thiepval, de 45 metros de altura, erguido em 1932 e onde figuram os nombres dos 72.000 soldados do Reino Unido e da África do Sul que morreram na batalha, os três representantes devem ler os textos sobre o "inferno" de guerra, os gestos de respeito entre tropas inimigas e a reconstrução do pós-guerra, mas não devem fazer nenhum discurso.

O memorial, o maior da Commonwealth no mundo, atrai a cada ano quase 150.000 pessoas, em especial britânicos, irlandeses, australianos e canadenses.

O chefe de Estado francês afirmou na quinta-feira que com sua presença desejava "recordar que a ideia europeia que permitiu superar as divisões e as rivalidades entre Estados, e que nos deu a paz há 70 anos".

No dia 23 de junho, os britânicos aprovaram em um referendo a saída do Reino Unido da UE, provocando um terremoto na política inglesa e deixando o bloco em estado de incerteza.

O 1º de julho de 1916, início da ofensiva, representa o dia mais violento da história britânica, com 20.000 mortos ou desaparecidos - a maioria durante a primeira hora - e 40.000 feridos. Para os britânicos, Somme ficou marcada na memória coletiva, como a batalha de Verdun para os franceses.

"Perdemos a flor de uma geração (...) em muitos aspectos este dia foi o mais triste da longa história de nossa nação", afirmou na quinta-feira o príncipe William, durante uma cerimônia militar no memorial de Thiepval.

"Esta noite reconhecemos os fracassos dos governos europeus, incluindo o nosso, para evitar a catástrofe da guerra mundial", prosseguiu o príncipe, ao lado da esposa Catherine e do irmão Harry.

Outras homenagens estão previstas para recordar os soldados escoceses, canadenses e também alemães. O ex-presidente alemão Horst Koehler (2004-2010) visitará o cemitério militar de Fricourt, que tem as sepulturas de 17.027 soldados do países.

Nos últimos dias, ingleses, escoceses, galeses, irlandeses e canadenses começaram a chegar à pequena cidade de Albert (10.000 habitantes), no centro das cerimônias.


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