Libertado técnico em informática preso na Suíça por Panama Papers

AFP

Um técnico em informática de Genebra, da empresa de advocacia Mossack Fonseca, no centro do escândalo dos Panama Papers, foi posto em liberdade nesta sexta-feira, mas com a proibição de deixar a Suíça, informou seu advogado.

O homem, cuja identidade não foi divulgada, é acusado de subtrair dados da equipe de Mossack Fonseca em Genebra.

"Meu cliente, que foi preso no início do mês, foi libertado nesta sexta e se comprometeu a não abandonar o território suíço até o final da investigação", declarou à AFP seu advogado, que avaliou em "vários meses" a duração das análises e das investigações.

Segundo uma fonte próxima à investigação, a promotoria ordenou um registro nos locais genebrinos desta firma de advogados panamenha, após uma denúncia apresentada pela empresa.

As autoridades investigam se o técnico em informática subtraiu dados de seu empregador.

A publicação dos documentos dos chamados Panama Papers revelou como personalidades da política, economia, esporte e entretenimento de todo o mundo colocavam ativos em paraísos fiscais através da empresa panamenha.

Isto conduziu à abertura de investigações em inúmeros países, e à demissão do primeiro-ministro da Islândia e de um ministro espanhol.

Em abril, o escritório Mossack Fonseca revelou ter sido vítima de um hacker a partir de servidores estrangeiros e apresentou uma denúncia a respeito.

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