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Estado de Minas

Eurocopa, Copa América e Olimpíadas turbinam mercado das marcas esportivas


postado em 07/06/2016 10:22

Com a Eurocopa na França, a Copa América nos Estados Unidos e os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o ano de 2016 "vai deixar as marcas esportivas na moda", afirmam os analistas do setor, com Nike e Adidas dominando o mercado.

"Mesmo inconscientemente, você vai acabar usando mais roupas da Adidas, da Nike ou da Puma porque vai vê-las em eventos como a Eurocopa ou os Jogos", explica à AFP Renaud Vaschalde, da consultoria NPD Group.

"Todo mundo vai falar sobre futebol durante um mês, então mais pessoas vão querer praticar o esporte e mais equipamentos serão vendidos, beneficiando todos os atores do mercado", analisa Richard Teyssier, diretor da Puma na França.

"Estamos fazendo todo o possível para captar o máximo de atenção durante o evento para tirar o máximo de vantagem desse efeito de massa", enfatiza.

Apenas na França, país sede da Eurocopa, o mercado do futebol (camisas, chuteiras, entre outros equipamentos) movimentou 480 milhões de euros em 2015. A consultoria NPD Group espera um crescimento de 1% apenas por conta da realização do evento.

Espera-se uma arrecadação de 100 milhões de euros com a venda de camisas durante a Euro, "quase o dobro das vendas de todo o ano de 2015", prevê Vaschalde.

- Supremacia em jogo -

Os gigantes Nike e Adidas continuam dividindo a maior parte do bolo, com vantagem para a marca americana, que ostenta um faturamento global de 27 bilhões de euros, contra 17 da principal concorrente e 3 bi da Puma.

Levando em consideração apenas o futebol, porém, a Adidas lidera, com 37% do mercado em 2014, contra 29% da Nike e 7% da Puma, de acordo com a consultoria PR Marketing.

"Apesar da Nike estar à frente no que diz respeito às chuteiras, a Adidas é o líder global nos artigos de futebol graças às roupas e os demais equipamentos", relata à AFP Peter Rohlmann, diretor da PR Marketing.

Patrocinadora oficial da Uefa, a marca alemã ganha uma exposição extra com a bola oficial da Eurocopa, além de fornecer os uniformes de nove das 24 seleções do torneio, como a atual campeã mundial Alemanha ou a bicampeã europeia Espanha.

A Nike patrocina seis equipes da Euro, entre elas a anfitriã França, a Inglaterra e a seleção portuguesa de Cristiano Ronaldo. Já a Puma veste cinco seleções, com destaque para a Itália.

Na Copa América do Centenário, disputada nos Estados Unidos, a Nike, que está em casa, fornece a bola da competição, além dos uniformes do Brasil, do atual campeão Chile e da seleção anfitriã.

A Adidas patrocina cinco seleções (Argentina, Colômbia, México, Paraguai e Venezuela) e tem como principal embaixador Lionel Messi, cinco vezes melhor do mundo. A Puma, por sua vez, estampa os uniformes do Uruguai, recordista de títulos do torneio (15).

Os dois maiores craques do futebol mundial, Messi e Cristiano Ronaldo, têm o mesmo patrocinador que suas seleções, mas o mesmo não acontece com seus clubes. O Barcelona usa uniforme da Nike e o Real Madrid da Adidas.

- Migalhas para os pequenos -

Para tentar encontrar espaço entre os dois gigantes, a Puma tenta se destacar "por meio do design e da inovação tecnológica". O carro-chefe é a chuteira Tricks, "a mais leve do mercado, com uma cor diferente para cada pé, rosa de um lado e amarelo do outro, explica Teyssier.

"A Puma sempre foi inovadora no design. Já tivemos o uniforme sem mangas de Camarões na Copa do Mundo de 2002. Isso faz parte do nosso DNA", ressalta.

Marcas pequenas como as italianas Errea ou Macron tentam entrar no mercado, ao patrocinar Islândia e Albânia, respectivamente, enquanto a tradicional Umbro, da Inglaterra, patrocina o Peru.

Já a americana New Balance, que fornece os uniformes da Costa Rica e do Panamá, marcou um golaço no mês passado, ao emplacar os dois finalistas da Liga Europa, Sevilla e Liverpool (vitória por 3 a 1 do time espanhol).

Mesmo assim, os analistas não acreditam que a hegemonia dos gigantes seja ameaçada tão cedo.

"O futebol é realmente um esporte que concentra as vendas em três marcas e o resto divide as migalhas", observa Vaschalde.


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