Hillary Clinton recebeu promessas de um número suficiente de delegados para garantir a indicação democrata - de acordo com recontagem da agência de notícias americana AP.
A ex-secretária de Estado teria obtido a quantia necessária um dia antes das primárias em seis estados - incluindo a Califórnia -, nos quais Hillary fez uma vigorosa campanha.
"Esse é um marco importante, mas há seis estados que votarão nesta terça-feira com milhões de pessoas indo às urnas, e Hillary Clinton está trabalhando para ganhar cada voto", disse seu chefe de campanha, Robby Mook, em um comunicado.
"Vamos esperar até terça à noite, quando Hillary Clinton garantir não apenas uma vitória no voto popular, mas também a maioria dos delegados comprometidos", acrescentou.
O senador Bernie Sanders, adversário de Clinton na corrida democrata, afirmou que ela não garantiu nada, acrescentando que os superdelegados não podem votar até a convenção do partido, em julho.
Hillary Clinton "não tem e não terá o número exigido de delegados comprometidos para garantir a nomeação", afirmou Sanders, que buscará "convencer estes superdelegados de que é, de longe, o candidato mais forte para enfrentar Donald Trump".
"É lamentável que a imprensa, em um julgamento apressado, ignore a clara declaração do Comitê Nacional Democrata de que é um erro contar os votos dos superdelegados antes de que eles realmente votem na convenção deste verão" (boreal), disse o porta-voz de Sanders Michael Briggs.
Os superdelegados são dirigentes partidários e legisladores que têm direito a voto devido à sua posição, e não são eleitos nas primárias.
Animada pelas vitórias nos territórios de Ilhas Virgens e Porto Rico no final de semana, Clinton precisava de poucos delegados para chegar aos 2.383 necessários para garantir a indicação.
Sanders, que tem 800 delegados a menos, se nega a jogar a toalha.
Mais cedo nesta segunda-feira, antes de a agência Associated Press divulgar sua recontagem, Hillary Clinton disse a jornalistas em Compton, na região de Los Angeles, que a disputa "só acaba quando termina".
Horas depois, em um comício em Lynwood, Clinton admitiu que "ficaria profundamente honrada e surpreendida" se esta terça-feira se tornasse o "dia de Hillary".