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Estado de Minas

A enchente recorde de 1910 em Paris


postado em 03/06/2016 16:22

A enchente recorde do Sena em 1910 entrou para a História a maior catástrofe natural do século XX em Paris. O rio inundou durante dias a capital e outras localidades próximas.

O transbordamento deixou cinco mortos e as fotografias da época mostram ruas alagadas, barcos nas estações de trem e grandes jardins transformados em lagos.

Na periferia, a água invadiu fábricas e armazéns próximos ao rio. À noite, milhares de trabalhadores ficaram sem entrar. A madeira armazenada no cais foi rio abaixo, e as pessoas tentavam pescar os troncos.

O verão de 1909 tinha sido chuvoso. O outono e o inverno foram mais ainda: chuva e neve até 31 de dezembro, e tempestades mais violentas a partir de 9 de janeiro.

Em 20 de janeiro de 1910 foi proibida a navegação dos marinheiros. No dia seguinte, o Sena superou os quatro metros na capital, quase um metro acima do nível de alerta (3,20 m). Em 28 de janeiro, o rio alcançou seu máximo histórico: 8,62 metros.

No centro da capital, o aumento atual segue longe destes níveis. A referência, a estátua do zuavo da Ponte da Alma, tinha nesta sexta-feira a água na altura do quadril. Em 1910, chegou até os ombros.

Oitenta quilômetros mais ao sul, a cidade de Nemours, cortada em dois pela água na quarta-feira (1), viu superar o nível histórico de 4,25 metros registrada há 116 anos.

Além de sua proporção, a inundação de 1910 também foi incomum por sua duração. Em 30 de janeiro a água tocou o pescoço da estátua da Ponte em Paris, mas teve que esperar até 15 de março para que o Sena recuperasse o seu curso, e algumas semanas mais para a vida voltar ao normal na cidade.

A reabertura das linhas do metrô ocorreu em abril. Os bairros perto do rio ficaram cheios de água, tendo que transferir os animais do Jardim das Plantas, operação na qual uma girafa, mascote dos parisienses, perdeu a vida.

A água transbordou os esgotos. Os porões do Palácio Bourbon, sede da Assembleia Nacional, ficaram inundados. Até os bairros mais afastados do Sena, como o bulevar Haussmann ou a estação de Saint-Lazare, também ficaram afetadas.

Mais de 14.000 edifícios foram afetados em toda a capital, com danos equivalentes a 380 milhões de euros (430 milhões de dólares) no valor atual.


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