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Estado de Minas

Estudo descarta que OGM sejam mais nocivos que cultivos convencionais


postado em 17/05/2016 17:40

Um relatório publicado na terça-feira afirma que o cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM) não representa mais riscos para a saúde e o meio ambiente que os convencionais, mas alerta que a resistência desenvolvida por pragas e ervas daninhas em função dos trangênicos poderia causar graves problemas agrícolas.

O estudo, realizado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, analisou duas décadas de pesquisas sobre safras de OGM, e pediu aos reguladores que prestem atenção ao produto final das novas variedades vegetais, mais do que ao processo usado para produzi-las.

"Nós analisamos a fundo a literatura para oferecer um novo olhar sobre os dados relativos aos OGM e às culturas tradicionais", disse o presidente da comissão, Fred Gould, codiretor do Centro de Engenharia Genética e Sociedade da Universidade Estadual da Carolina do Norte.

Gould reconheceu que a riqueza de dados e opiniões sobre o assunto controverso "criou um panorama confuso" e que o novo relatório buscava oferecer uma análise imparcial das evidências.

A comissão de mais de 50 cientistas analisou quase 900 pesquisas e outras publicações sobre as características da engenharia genética no milho, na soja e no algodão - que representam a maioria das culturas comerciais.

"Embora reconheçamos a dificuldade inerente de detectar efeitos sutis ou de longo prazo na saúde e no meio ambiente, a comissão do estudo não encontrou evidências que mostrem alguma diferença de riscos para a saúde humana entre os cultivos de OGM atualmente comercializados e as colheitas convencionais, nem evidências conclusivas de causa e efeito em relação a problemas ambientais e transgênicos", afirma o relatório.

No entanto, o estudo urgiu aos reguladores que submetam as novas variedades vegetais a "testes de segurança - independentemente de se elas foram desenvolvidos utilizando técnicas de engenharia genética ou técnicas de cultivo convencional".

Os especialistas afirmaram também que a "resistência em relação às características dos transgênicos" desenvolvida pelos insetos e ervas daninhas "é um grande problema agrícola".

O relatório cita muitos locais onde as ervas daninhas desenvolveram resistência ao glifosato, o herbicida ao qual a maioria das culturas biotecnológicas se tornaram resistentes após terem sido modificadas com esta finalidade.

O estudo não encontrou ligações entre culturas geneticamente modificadas e câncer ou diabetes, e nenhuma associação "entre qualquer doença ou condições crônicas e o consumo de alimentos transgênicos".

Os biólogos têm usado a engenharia genética desde os anos 1980 para produzir frutos que durem mais tempo nas prateleiras, tenham maior teor de vitaminas e sejam mais resistentes às doenças comuns.

Os autores apontaram também indícios de que as culturas de OGM resistentes a insetos trouxeram benefícios à saúde humana, porque permitiram a redução do uso de pesticidas.


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