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Estado de Minas

Japão luta contra os deslizamentos de terra após série de terremotos


postado em 17/04/2016 12:01

As equipes de resgate estavam em uma corrida contra o tempo neste domingo para tentar evitar novos deslizamentos de terra após a série de terremotos que atingiu o sudoeste do Japão, e devem contar com a ajuda da aviação norte-americana.

A série de terremotos registrados desde quinta-feira na região deixou ao menos 41 mortos, enquanto as autoridades temem novos deslizamentos e um número maior de vítimas em razão das dezenas de pessoas que seguem soterradas.

A região de Kumamoto, na ilha de Kyushu, foi atingida nas últimas 48 horas por uma série de terremotos e réplicas que provocaram uma gigantesca avalanche de lama e pedras que soterrou casas e cortou uma autoestrada.

Onze pessoas continuam oficialmente desaparecidas, mas a imprensa local fala de dezenas de habitantes enterrados vivos nos escombros dos imóveis. Cerca de mil pessoas ficaram feridas, 184 com gravidade.

O tempo ruim dificulta as tarefas de resgate e milhares de pessoas tiveram de passar a noite ao relento devido à lotação dos abrigos.

O governo enviou 25.000 soldados e 1.000 socorristas para ajudar nos trabalhos de resgate.

A agência meteorológica japonesa, que prevê fortes chuvas durante o fim de semana, alertou para a possibilidade de novos deslizamentos de terra em um solo enfraquecido pelos tremores.

A localidade de Misato aconselhou cerca de 10.000 habitantes a deixar a zona por precaução, segundo a rede de televisão NHK.

O terremoto de sábado, de 7 graus de magnitude segundo o Instituto de Geofísica americano (USGS), foi registrado à 1h25 local (13h25 de sexta-feira no horário de Brasília), provocando um alerta de tsunami na costa oeste de Kyushu, que logo foi cancelado.

A agência meteorológica japonesa avaliou o tremor em 7,3 graus e indicou que o terremoto de quinta-feira foi um "precursor".

Na quinta-feira, um terremoto de 6,5 graus de magnitude atingiu a ilha e provocou nove mortes e 900 feridos, dos quais 50 gravemente. Desde então, mais de 400 tremores secundários foram registradas na região.

Antes do novo terremoto, os habitantes da pequena cidade japonesa de Mashiki já se preparavam para voltar a passar a noite ao relento e faziam fila para receber água potável.

"A casa tremeu", contou à AFP Noboyuki Morita, um morador de 67 anos da cidade de Mashiki. "Estávamos assistindo à televisão quando, de repente, sentimos tremores muito fortes. Fiquei muito surpreso, nunca havia visto um tremor assim na minha vida", completou.

Dezenas de casas, muitas delas velhas e de madeira, ficaram total, ou parcialmente, destruídas. Cerca de 44.000 pessoas precisaram se refugiar em centros de acolhida, onde receberam arroz e água potável.

Uma ponte de 200 metros desabou, um santuário milenar foi destruído e as estradas foram marcadas por fissuras.

Além disso, ao menos 14.000 lares ficaram sem eletricidade, e também houve cortes no abastecimento de gás e água.

A companhia que alimenta a região, Kyushu Electric Power, afirmou que não foi detectada nenhuma anomalia na central nuclear de Sendai, onde se encontram os dois únicos reatores em serviço no Japão.

As demais instalações nucleares da região, ou seja, as de Ehime e Genkai, não foram afetadas, segundo as companhias operadoras.

O Japão, localizado no encontro de quatro placas tectônicas, sofre a cada ano mais de 20% dos terremotos mais fortes registrados no planeta.


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