O presidente Mauricio Macri afirmou que a Argentina pagará aos fundos especulativos no dia 14 de abril, data limite imposta pela justiça de Nova York, em uma entrevista concedida nesta quarta-feira, pouco antes de viajar aos Estados Unidos.
"Prat-Gay (ministro da Fazenda) diz que vai poder ser em 14 de abril", assinalou Macri ao canal de notícias TN, desde que o Parlamento aprove o pagamento aos fundos especulativos, como deve ocorrer na noite desta quarta-feira.
A entrevista foi gravada na residência presidencial de Olivos, periferia de Buenos Aires, horas antes de Macri partir para Washington para participar da cúpula de Segurança Nuclear e enquanto o Senado debatia o acordo com os fundos especulativos.
Macri antecipou que em Washington manterá reuniões com seus colegas de China, Japão, Coreia, Polônia e o titular da Comunidade Europeia, entre outros.
O presidente está certo de que o Senado converterá em lei o pagamento de 4,653 bilhões de dólares firmados pela Argentina com os fundos NML Capital e Aurelius, entre outros, autorizando o governo a se endividar em 12,5 bilhões de dólares, na maior emissão de um país em desenvolvimento desde 1996.
O acordo dará "a possibilidade de acabar com este conflito que tanto dano fez aos argentinos", disse Macri.
"É uma mostra de maturidade, de sensatez, algo muito importante porque o mundo está nos olhando....".
A aliança de centro direita Cambiemos, liderada por Macri, tem menos de 20 das 72 cadeiras do Senado, mas vários legisladores do bloco da Frente para a Vitória (FPV, peronismo) já anunciaram que votarão a favor da medida.
"A Argentina está recuperando credibilidade e confiança, e isto vai reativar o processo de investimentos", concluiu o presidente.
