Milhares de chilenos foram às ruas de Santiago, nesta terça-feira, para exigir a descriminalização do aborto, no momento em que o Congresso debate sua legalização em alguns casos.
As organizações pró-aborto consideram que os termos do debate são insuficientes.
Ao som de tambores, homens, mulheres e crianças tomaram a Alameda, a principal via da capital chilena.
Com cartazes de "aborto legal para não morrer", ou "educação sexual para não abortar", a multidão marchou para pedir o fim da criminalização do aborto no país.
A marcha reuniu cerca de dez mil pessoas, segundo os organizadores, que exigem a legalização total do aborto, e não como propõe o projeto de lei que tramita atualmente no Congresso.
O projeto do governo busca permitir o aborto sob três condições: inviabilidade do feto, risco de vida para a mãe e em caso de estupro.
Além de ter sido criticado pelas organizações, o texto também foi criticado pela direita conservadora e a Igreja Católica, que se opõe fervorosamente ao aborto.
"Acredito que conseguimos avançar em sua tramitação sobre a base de um diálogo intenso, mas respeitoso, como pede a imensa maioria da sociedade", declarou a presidente Michelle Bachelet, artífice do projeto sobre o aborto, em um ato pelo Dia Internacional da Mulher horas antes da passeata.