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Estado de Minas

Argentina está disposta a pagar US$ 6,5 bilhão a fundos


postado em 05/02/2016 22:10

A Argentina apresentou nesta sexta-feira, em Nova York, uma proposta para pagar US$ 6,5 bilhões aos fundos especulativos e outros credores para pôr um fim ao litígio multimilionário da dívida em default - informou o mediador judicial do caso.

"A Argentina apresentou hoje uma proposta para acordar e pagar os detentores de bônus em default", afirmou o mediador Daniel Pollack em um comunicado, destacando que, se o pagamento for concretizado, chegará a "US$ 6,5 bilhões".

Dois dos seis principais fundos especulativos já aceitaram a proposta, que inclui um desconto de 25% sobre o total de US$ 9 bilhões estimados em sentenças contra a Argentina em tribunais de Nova York, segundo um comunicado simultâneo do Ministério argentino da Fazenda e das Finanças.

"A proposta implica um desconto de cerca de 25% sobre a sentença (judicial contra o país em Nova York), dependendo da alternativa escolhida pelos credores que participarem", informou a pasta.

Enviados do novo governo argentino do presidente de centro-direita Mauricio Macri e representantes dos fundos NML Capital e Aurelius e outros credores negociaram de segunda até sexta-feira com total confidencialidade nos escritórios de Pollack no centro de Manhattan.

Estes recursos obtiveram em 2012 uma sentença do juiz federal de Nova York, Thomas Griesa, referente a títulos em default desde 2001 por um montante que chega a atuais US$ 1,75 bilhão.

Das negociações também participaram, em separado, outros demandantes detentores de bônus não pagos, denominados "me too" (eu também). Eles se somaram ao litígio a partir de meados de 2014, elevando o valor total para US$ 9 bilhões.

Este acordo preliminar deve ser aprovado pelo Congresso argentino.

O governo precedente de centro-esquerda de Cristina Kirchner (2007-2015) tinha rechaçado a decisão de Griesa. Em julho de 2014, o juiz congelou um pagamento de US$ 539 milhões em Nova York aos detentores de bônus que tinham aderido aos intercâmbios. A medida provocou o "default" parcial da Argentina.

Incentivo do FMI

Os fundos que já aceitaram a oferta são o Montreux Partners LP e o Dart Management Inc.

Este acordo se soma ao anúncio, na terça-feira, de um pré-acordo com 50.000 detentores de bônus italianos para pagar de imediato 150% do aporte original do capital de 900 milhões de dólares por títulos em "default", isto é, um total de "1,35 bilhão de euros", segundo o representante destes credores, Nicola Stock.

Como os fundos especulativos nos Estados Unidos, os detentores de bônus italianos tinham rejeitado aderir às trocas da dívida de 2005 e 2010 da Argentina, aos quais aderiram 93% dos credores, aceitando um reembolso parcial com importantes descontos.

As gestões argentinas por resolver o resíduo de sua dívida em default desde 2011 foram saudadas nesta quinta-feira pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

Se as negociações alcançarem um resultado "justo e equilibrado que apoie o retorno da Argentina aos mercados financeiros e que restaure sua posição financeira, tudo isto é positivo", disse Lagarde, qualificando de "muito animador" que Buenos Aires busque um acordo.

A administração de Macri acredita que um acordo com os fundos especulativos permitirá ao país voltar ao mercado de financiamento internacional e alcançar investimentos de capitais estrangeiros.


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