Pelo menos 11 pessoas morreram, e 36 ficaram feridas, em incidentes separados ocorridos durante a greve no setor de transportes de carga na Bolívia, onde cinco regiões permanecem bloqueadas.
O governo pediu que a medida de força seja suspensa para permitir o diálogo.
No caso mais dramático ligado à greve, um ônibus de passageiros que tentava furar os bloqueios se acidentou nesta terça.
Dias antes uma mulher faleceu, vítima de um aneurisma, enquanto discutia com "piqueteros" em um bloqueio. Em outro incidente pouco claro, um grevista que bloqueava uma estrada na fronteira com o Chile, morreu nas mãos de militares embriagados.
Ainda longe de uma solução, o presidente da Câmara Boliviana de Transportes de Carga, Fidel Baptista, anunciou que os protestos "vão-se intensificar, e o bloqueio fica mais contundente a cada dia".
Os protestos começaram no domingo, nas fronteiras com Argentina, Brasil, Chile e Peru. Depois, as manifestações se estenderam por várias estradas do país, nas quais centenas de veículos se encontram parados.
"Fazemos um apelo ao diálogo aos grevistas para que recuem nesta atitude e possamos instalar o quanto antes uma mesa de diálogo", disse o vice-ministro do Interior, Marcelo Elío, à imprensa, diante do avanço da greve.
Em um ponto de bloqueio em Tambo Quemado, em uma estrada para o Chile, o dirigente sindical Baptista disse à Rádio Pan-Americana que "até este momento não recebemos qualquer convite ao diálogo - nem verbal, nem escrito".
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