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Lagarde: China tem problema de comunicação sobre suas políticas econômicas


postado em 21/01/2016 15:13

A China não está comunicando com clareza suficiente sobre suas políticas econômicas e sua taxa de câmbio, o que alimenta a preocupação dos investidores, estimou nesta quinta-feira a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em Davos, na Suíça.

Para Lagarde, a segunda economia mundial está "metida em uma série de transformações econômicas", que, segundo ela é uma "tarefa colossal, mas perfeitamente administrável".

"Dada a amplitude dessas transformações, há um problema de comunicação" do lado do governo chinês, observou Lagarde, em um debate no Fórum Econômico Mundial de Davos, nos Alpes suíços.

A desaceleração do crescimento chinês (6,9% em 2015, a menor cifra em 25 anos), a repentina desvalorização do iuane em agosto e uma gestão caótica dos mercados financeiros que levantaram dúvidas sobre a capacidade de Pequim em dirigir sua transição a um modelo econômico centrado no consumo interno e no setor serviços. Igualmente, o governo prometeu uma série de reformas estruturais, que devem dar um maior papel ao setor privado.

A preocupação aumentou ainda mais com a forte queda das bolsas chinesas desde o início do mês, o que teve consequências no mundo tudo, e com a desvalorização do iuane, na medida em que os capitais deixam o país.

"Se tem uma coisa que o mercado não gosta é de incerteza, de não saber exatamente qual é a estratégia chinesa e qual direção a cotação do iuane vai tomar", declarou Lagarde.

"Em termos de comunicação, está claro que poderíamos fazer um trabalho melhor", reconheceu Fang Xinghai, vice-presidente da autoridade chinesa de regulação de mercados (CSRC), que participava no mesmo debate.

"Estamos aprendendo, mas devemos ser pacientes. Nosso sistema não está estruturado para comunicar de forma eficaz os mercados", acrescentou.

A diretora-gerente do FMI relativizou: "Ter um certo grau de volatilidade não tem problema; é compatível com o princípio de deixar mais espaço para o mercado, como defende Pequim".


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