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Estado de Minas

Termina cerco de 25 horas perto de consulado indiano no Afeganistão


postado em 04/01/2016 21:07

As forças do Afeganistão conseguiram por fim ao cerco contra um prédio próximo ao consulado indiano na cidade de Mazar-i-Sharif, no norte do país, iniciado 25 horas antes por homens armados, um ataque que ocorre depois de, no fim de semana, uma base aérea indiana ter sofrido um ataque sangrento na fronteira com o Paquistão.

"A operação acabou e todos os terroristas morreram", informou Sayed Kamal Sadat, chefe da polícia da província de Balj, da qual Mazar-i-Sharif é capital.

O porta-voz do governo, Shir Jan Durrani, informou que três atacantes morreram no ataque, iniciado no domingo e durante o qual tentaram invadir a sede diplomática.

"Nossos trabalhos de resgate continuam dentro do edifício", acrescentou o funcionário, especificando que um policial morreu e 11 ficaram feridos.

Nenhum grupo reivindicou o ataque, o último de uma série de atentados contra instalações indianas. No fim de semana, um ataque rebelde contra uma base aérea em Pathankot, no norte da Índia, deixou sete soldados mortos, em uma operação que se estendeu por 14 horas.

Os dois ataques acontecem dez dias depois de uma visita do premiê indiano Narendra Modi ao Afeganistão, onde um atentado suicida perto do aeroporto de Cabul, no mesmo dia, destacou novamente a situação de insegurança no país.

Até agora, Mazar-i-Sharif não havia sofrido com a insurreição talibã, que se estendeu pelo conjunto do Afeganistão nos últimos meses.

Os especialistas assinalaram o risco de uma guerra entre a Índia e o Paquistão através da ação dos talibãs, apadrinhados pelos serviços paquistaneses.

Ataque à base aérea

O ataque contra a base aérea indiana pode colocar em perigo a tímida aproximação entre as duas grandes potências nucleares.

Em 25 de dezembro, os chefes de Governo do Paquistão e da Índia se reuniram em Islamabad.

Esta foi a primeira vez em 10 anos que um premier indiano viajou ao Paquistão.

Os agressores mortos são suspeitos de pertencer ao grupo islamita Jaish-e-Mohammed (Exército de Maomé), com base no Paquistão.

Desde a independência da Grã-Bretanha em 1947, Índia e Paquistão já travaram três guerras pelo controle da Caxemira, um território do Himalaia que ambos ocupam em parte e que reivindicam em sua totalidade.

A Índia acusa regularmente o exército do Paquistão de fornecer cobertura aos rebeldes, que muitas vezes se infiltram através da fronteira e organizam ataques na Caxemira indiana contra a polícia local.

Soldados indianos, apoiados por helicópteros, revistavam a base de Panthankot, no estado de Penjab, em busca dos atacantes, informou um porta-voz.

Sete militares indianos e cinco atacantes morreram neste ataque, iniciado às 03h30 locais de sábado (20h00 de sexta-feira, horário de Brasília).

A base de Panthakot abriga dezenas de aviões de combate e tem uma posição estratégica, a 50 km da fronteira com o Paquistão.

No sábado, o Paquistão condenou "este ato terrorista".

A Índia responsabilizou o grupo Jaish-e-Mohamed por um ataque em dezembro de 2001 contra o Parlamento indiano, em que 11 pessoas morreram.

O ataque provocou uma escalada militar na fronteira e levou os dois países à beira de uma guerra.

Paralelamente a este auge da violência, o presidente afegão busca retomar o diálogo com os talibãs, tentando reanimar um processo de paz que agoniza desde o verão passado no hemisfério norte.

Em julho, o Paquistão abrigou negociações diretas inéditas. Uma segunda rodada foi adiada após o anúncio da morte do mulá Omar, fundador do movimento talibã.


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