Líderes da região Ásia-Pacífico encerraram neste domingo uma semana de diplomacia envolvendo questões comerciais e de segurança, após os ataques terroristas.
Chefes de governo de 18 países, incluindo Estados Unidos, China, Índia e Japão, reuniram-se na cúpula anual realizada neste ano pela Malásia.
No encontro, o presidente Barack Obama e outros líderes expressaram no sábado o crescente alarme internacional após os ataques na França, no Mali e no Líbano, tendo solicitado a cooperação global para combater o extremismo.
"Os autores desses atos bárbaros e covardes não representam nenhuma raça, religião ou credo", disse o primeiro-ministro da Malásia Najib Razak. "Eles são terroristas", concluiu.
Ao encontro político em Kuala Lumpur seguiu-se um fórum comercial do qual participaram os mesmos líderes, com as mesmas manifestações de preocupação em relação ao terrorismo.
Obama, envolvido com o recém concluído Tratado Transpacífico (TPP na sigla em inglês), pressionou os signatários da região a ratificarem o acordo, para que ele possa ser implementado.
A postura expansionista de Pequim sobre o Mar da China Meridional também foi tema das reuniões. Obama encontrou-se com os seus homólogos da Asean neste sábado e em uma declaração conjunta ressaltou a necessidade de manter a liberdade de navegação e de sobrevoo no local.
Washington alertou que o tráfego no Mar da China Meridional, um canal-chave para o comércio mundial, pode ser ameaçada pela movimentação chinesa.
Os EUA enviaram recentemente navios de guerra para a região, a fim de garantir a livre navegação, o que provocou a ira de Pequim, que insiste em sua soberania sobre praticamente todo o Mar da China Meridional, que também é reivindicado por outros países.
Em Kuala Lumpur, os líderes do Sudeste Asiático vão declarar no domingo o estabelecimento de uma "Comunidade Econômica Asean", inspirada na Europa.
A Asean dá assim mais um passo para a livre circulação de bens, capitais e mão de obra na região do Sudeste Asiático, embora o bloco ainda esteja distante de seu objetivo em razão, sobretudo, de barreiras não tarifárias e das profundas desigualdades no desenvolvimento entre os países da região.