Jornal Estado de Minas

Nove presos em operação em Bruxelas com conexão com os atentados de Paris

A polícia belga deteve um total de nove pessoas nesta quinta-feira em diferentes operações na região de Bruxelas, como parte das investigações sobre os atentados de Paris.

Seis dias após os atentados e as muitas críticas à Bélgica, principalmente da imprensa francesa, por ter deixado um célula jihadista fomentar os ataque de 13 de novembro a partir de Bruxelas, a polícia belga lançou uma nova série de operações na capital.

Seis operações, que terminaram com sete detidos, visaram a Bilal Hadfi, um dos camicases que se explodiu do lado de fora do Stade de France.

As outras operações terminaram com mais dois detidos, também ligados aos atentados de Paris.

As operações se concentraram em Molenbeek, considerado um reduto do jihadismo europeu.

"Era um caso que já existia, aberto quando Hadfi partiu para a Síria", ressaltou um porta-voz da procuradoria, Eric Van Der Sypt.

Bilal Hadfi, um jovem de 20 anos, de nacionalidade francesa, mas que residia na Bélgica.

Dois outros suspeitos, Mohammed Amri (27 anos) e Hamza Attou (20 anos), foram indiciados na segunda-feira em Bruxelas por "atentado terrorista" e "participação em atividades de um grupo terrorista". Eles são suspeitos de serem cúmplices de Salah Abdeslam, que está foragido, irmão de um dos suicidas de Paris.

Na parte da manhã, o primeiro-ministro belga, Charles Michel, saiu em defesa dos serviços de segurança do reino.

"Eu não aceito as críticas que têm sido destinadas a denegrir o trabalho dos nossos serviços de segurança", declarou Charles Michel a deputados reunidos em sessão plenária especial.

"Ontem, em Saint-Denis, um ataque foi impedido graças a informações fornecidas pelas equipes belgas", anunciou, sob os aplausos da grande maioria de eleitos presente.

Em Paris, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, lamentou que "nenhuma informação" sobre o suposto mentor dos atentados de Paris, Abdelhamid Abaaoud, um belga de origem marroquina, tem chegado até a França.

O chefe do Governo belga, de 39 anos, no poder há um ano, reconheceu que os atentados em Paris foram "perpetrados por uma célula franco-belga."

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