Seguem reações de personalidades do atletismo, depois da publicação de um relatório bombástico da Agência Mundial Antidoping (WADA), que pediu o banimento da Rússia de todas as competições internacionais:
Hajo Seppelt, jornalista da televisão ARD, cujo documentário deu origem ao escândalo:
"Isso significa que a Rússia deve ser excluída dos Jogos Olímpicos no ano que vem. Acho que é um passo necessário para que entendam o recado: o doping e a corrupção não são aceitáveis no mundo do esporte. Agora, estou curioso para saber se a própria WADA, e não apenas a comissão independente que formou para fazer as investigações, e a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) vão seguir estas recomendações. Se for o caso, a Rússia não fará parte das competições de atletismo no Rio de Janeiro em 2016.
Paula Radcliffe, recordista mundial da maratona, no Twitter:
"Eu já suspeitava em parte disso há anos, mas, na verdade, é bem pior do que eu imaginava. O atletismo precisa tomar medidas fortes para caminhar rapidamente na direção certa. Esta na hora dos atletas limpos se levantarem para lutar pelo nosso esporte e sua credibilidade".
Jiri Kejval, presidente do Comitê Olímpico tcheco, no Twitter:
"Pode parecer paradoxal, mas essas revelações também trazem uma boa notícia. Mostram que os mecanismos de controle podem desvendar até esquemas de doping muito bem organizados. Se o doping sistemático for provado, sou a favor de sanções muito duras".
Travis Tygart, presidente la Agência Americana Antidoping (USADA), num comunicado:
"Se a Rússia criou e organizou um sistema de doping incentivado pelo governo, não pode ser autorizada a competir em nível mundial. O mundo do atletismo merece o melhor, e todos aqueles que amam o esporte precisam enfrentar esta ameaça. O relatório publicado hoje mostra um nível chocante de corrupção, e manda um recado claro à Rússia: eles não serão autorizados a enganar o mundo do atletismo e escapar da justiça, mesmo se escondendo atrás de um muro de mentiras".