Mostrar da forma mais concreta possível como era a sociedade egípcia há quatro milênios é a ambição da nova exposição que será inaugurada na próxima segunda-feira no museu Metropolitan de Nova York (Met), a mais importante sobre este período organizada até agora.
O Met expõe nesta ocasião peças que humanizam a civilização egípcia, muitas vezes reduzida a sarcófagos, múmias, frisos e baixos relevos.
Entre elas, por exemplo, a representação de um açougue que mostra as diferentes etapas do ofício com figuras de madeira em um estado de conservação impressionante, sobretudo para objetos que datam o início da segunda dinastia (1981 A.C.).
Muitas das peças mais esclarecedoras da sociedade egípcia procedem do próprio fundo do Met, alimentado desde 1906 e que conta com cerca de 30.000 objetos. O museu dispõe também de sua própria equipe de arqueólogos que realizam escavações e cujas descobertas compartilha com o Egito.
Para enriquecer a exposição, aberta até 24 de janeiro, o museu obteve empréstimos de 37 museus e coleções, entre eles os franceses Louvre, de Paris, e o Museu de Belas Artes de Lyon.
A curadora da exposição, Adela Oppenheum, elogiou em coletiva de imprensa "a comunidade de museus que trabalham juntos, (...) enquanto a arte está em perigo em algumas regiões do mundo".