Jornal Estado de Minas

China critica Dalai Lama no aniversário da criação da região autônoma do Tibet

O governo chinês criticou novamente nesta terça-feira o Dalai Lama por ocasião de uma cerimônia oficial com milhares de pessoas em Lhassa para comemorar os 50 anos da criação da região autônoma do Tibet.

A cerimônia, organizada diante do palácio de Potala, a antiga residência do Dalai Lama, comemora a criação, em 1965, por parte do Partido Comunista, de uma região administrativa especial, na teoria autônoma, mas que permite a Pequim controlar a região.

"É preciso reprimir qualquer tipo de atividade separatista", afirmou Yu Zhengsheng, alto dirigente chinês, membro do comitê político permanente do Partido Comunista, que viajou a Lhassa, indicou a agência oficial Xinhua.

Segundo a agência, a multidão agitava bandeiras chinesas "como se fosse Ano Novo".

Desde a criação da região administrativa, nenhum tibetano foi nomeado chefe local do partido, a máxima autoridades regional.

A China considera o Dalai Lama e seus partidários "separatistas" que querem a independência.

No entanto, o líder espiritual tibetano no exílio, ganhador do Prêmio Nobel, assegura que só quer mais autonomia.

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