A Bolsa de Tóquio subia 1,59% no final da manhã desta terça-feira, revertendo a tendência após abrir em forte queda no rastro da "segunda-feira negra" vivida pelos mercados financeiros de todo o planeta devido à crescente preocupação com o estado da economia chinesa.
O índice Nikkei dos 225 principais papéis, que chegou a ceder 3,5% logo após o início do pregão, avançava 1,59%, a 18.835,35 pontos, por volta das 11H20 local (23H20 Brasília de segunda).
Na segunda-feira, Tóquio fechou em seu nível mais baixo em seis meses, após retroceder 4,61%.
Em Xangai, a Bolsa chinesa perdia 6,41% nas primeiras transações desta terça-feira, agravando a queda registrada na véspera.
O índice composto Xangai recuava 205,78 pontos, a 3.004,13 unidades, logo após a abertura, enquanto a Bolsa de Shenzen perdia 6,97%, a 1.751,28 pontos.
Na véspera, durante a chamada "segunda-feira negra", Xangai perdeu 8,49%, sua maior queda desde fevereiro de 2007.
Após avançar mais de 150% em apenas um ano, as Bolsas chinesas começaram a cair em meados de junho e seguem ampliando suas perdas, apesar das intervenções do governo por meio da compra de títulos por parte de organismos públicos.
Em uma tentativa de tranquilizar os mercados financeiros, Pequim anunciou no domingo que o gigantesco fundo de pensões nacional investirá parte de seus ativos nas Bolsas locais, mas o anúncio não convenceu os mercados, que viveram uma "segunda-feira negra".
Os temores sobre o enfraquecimento da economia chinesa são reforçados por uma série de indicadores decepcionantes, como queda das exportações e a forte contração da atividade manufatureira na China em agosto.
"Os mercados financeiros de todo o mundo entraram em uma espécie de círculo vicioso", disse à AFP Gui Haomin, analista da Shenwan Hongyuan. "É impossível deter a curto prazo a debandada dos mercados chineses".
.