(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Polícia procura suspeito após massacre em templo da Tailândia


postado em 18/08/2015 10:40

A polícia tailandesa procurava nesta terça-feira um suspeito do atentado cometido na segunda-feira em um templo do centro de Bangcoc, que deixou pelo menos 20 mortos, em sua maioria estrangeiros, e qualificado pela junta militar no poder de "pior ataque" já cometido na Tailândia.

O ataque ocorreu no final da tarde no santuário de Erawan, na área central de Chidlom, local muito frequentado por turistas e fieis.

As autoridades tailandesas consideram que os autores do atentado visavam turistas estrangeiros, a fim de atingir o setor turístico, um dos poucos da economia tailandesa ainda em alta.

No total, onze estrangeiros estão entre as 20 vítimas: quatro malaios, três chineses, dois cidadãos de Hong Kong, um cingapuriano e um indonésio, segundo a polícia.

Seis tailandeses também foram mortos, e três corpos continuam sem identificação. Mais de 120 pessoas ficaram feridas.

Nesta terça, um pequeno artefato explosivo foi detonado perto de uma estação de metrô de Bangcoc, sem provocar vítimas.

O incidente aconteceu perto da estação Saphan Taksin. Nenhum grupo reivindicou o ataque até o momento.

Nesta terça-feira, a cotação da moeda tailandesa, o baht, registrava forte queda e a Bolsa de Bangcoc operava em baixa, com os investidores preocupados com as consequências do atentado.

"Este ataque foi o pior cometido contra o reino e teve como alvos pessoas inocentes", afirmou Prayut Chan-O-Cha, chefe da junta militar no poder e atual primeiro-ministro desde o golpe de Estado de 2014, evocando o atentado de segunda.

A investigação prossegue e a polícia procura um suspeito identificado perto do local do ataque graças às imagens das câmeras de segurança.

"Estamos procurando um homem que integraria um grupo de oposição à junta e seria natural do nordeste do país", afirmou Prayut Chan-O-Cha.

A polícia divulgou imagens de um jovem vestindo uma camisa amarela e transportando uma mochila perto do local onde ocorreu a explosão pouco depois.

Em outras imagens posteriores, ele aparece sem a mochila.

As autoridades também procuram identificar os autores de mensagens no Facebook alertando para um perigo iminente em Bagcoc antes da explosão.

Nenhuma reivindicação

A Tailândia, uma país muito dividido, é palco de violência política uma década.

O nordeste da Tailândia é o reduto do movimento dos Camisas Vermelhas, partidários do governo anterior, destituído em um golpe militar em maio de 2014 depois de vários meses de manifestações.

O ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que se exilou para fugir de processos judiciais, e sua família então no centro das fraturas do reino. Apoiados pelo poderoso movimento dos Camisas Vermelhas, venceram todas as eleições desde 2001, mas são detestados pela elite.

"Mesmo que eles (Camisas Vermelhas) estejam dispostos a derrubar o governo, eu não os vejo atacando um santuário religioso hindu ou qualquer outro", considerou Zachary Abuza, especialista independente do terrorismo no sudeste asiático.

O ataque não foi reivindicado, mas as autoridades indicaram que o modus operandi não se assemelhava aos atentados frequentes registrados no sul do país.

Esta região na fronteira com a Malásia está em um conflito que desde 2004 fez 6.300 mortos. Nenhum ataque foi registrado fora desta região, apesar dos vários anos de guerra.

"A bomba tinha o objetivo de matar o maior número possível de pessoas, já que o santuário fica lotado entre as 18H00 e as 19H00", disse o porta-voz da polícia, Prawut Thavornsiri.

Nesta terça, o local do atentado continuava fechado, enquanto dezenas de especialistas trabalhavam, procurando pistas sobre a bomba de três quilos, que explodiu perto do acesso externo do santuário.

O local do atentado é um santuário consagrado ao deus hindu Brahma, que também atrai milhares de budistas todos os dias.

Nas ruas do centro de Bangcoc, muitas policiais foram mobilizados e centenas de escolas permaneceram fechada.

Em um centro da Cruz Vermelha, centenas de tailandeses faziam fila para doar sangue.

"Isso não deveria acontecer com o povo tailandês", lamentou à AFP Kulsitthiwong, vendedor de telefones celulares, em lágrimas na fila.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)