Autoridades carcerárias e de inteligência do México tiveram indícios da fuga de Joaquín "Chapo" Guzmán do presídio de segurança máxima, publicou neste domingo a revista Proceso. Em uma reportagem, baseada, segundo a revista, no processo do caso aberto pela Procuradoria-Geral, pode-se constatar que durante pelo menos uma hora antes ao desaparecimento podiam ser ouvidos "golpes de metal contra o concreto".
Esses elementos, acrescenta o texto, resultaram na detenção de sete funcionários públicos, mas até agora apenas três -o encarregado do centro de monitoramento do Altiplano que vigiava Guzmán e dois policiais- foram formalmente acusados por um juiz.
O processo também indica que o órgão de inteligência Centro Nacional de Investigação e Segurança Nacional "teve informação de que gente de 'Chapo' estava conseguindo as plantas do presídio e que agentes do Centro reportaram 'atividades atípicas' do narcotraficante". Apesar disso, nenhuma medida foi tomada.
A revista conclui que uma "evidente rede de omissões ou um plano de cumplicidades" permitiu a fuga de Guzmán, detido em fevereiro de 2014 depois de em janeiro de 2001 ter escapado de outro presídio de segurança máxima no estado de Jalisco.