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Estado de Minas

EUA: Psicólogos querem deixar de participar de interrogatórios


postado em 31/07/2015 19:52

Os dirigentes da Associação Norte-Americana de Psicologia (APA) recomendarão o fortalecimento de suas normas éticas, para que seus membros não participem em interrogatórios do exército americano ou de serviços de inteligência, disse um membro da organização nesta sexta-feira.

O conselho administrativo da APA, o maior grupo profissional de psicólogos nos Estados Unidos, "submeterá essa recomendação à votação de seus membros em um congresso anual da associação em Toronto, no Canadá, que acontecerá de 1 a 3 de agosto", informou um integrante do grupo à AFP pedindo anonimato.

Se for adotada, a medida fará com que a participação de um psicólogo em interrogatórios vinculados à segurança nacional, entre eles atividades antiterroristas, viole a política ética da APA.

A regra também seria aplicada a métodos de interrogatório chamados "não coercitivos", aos quais o governo norte-americano recorre atualmente.

Em 2009, o presidente Barack Obama assinou um decreto que proibiu o uso de técnicas de interrogatório usadas pelo governo de seu antecessor, George W. Bush. Entre elas estão o afogamento simulado, que atualmente é considerado tortura.

A recomendação dos dirigentes da APA é uma resposta a um relatório publicado nesse mês com os resultados de uma investigação independente sobre a participação de psicólogos conhecidos em programas de interrogatório da CIA e do Departamento de Defesa durante o governo Bush.

A investigação foi conduzida para o conselho administrativo da APA por um advogado de Chicago, David Hoffman.

O estudo determinou que houve um acordo entre os responsáveis da APA para alinhar as políticas da associação às do Pentágono, para que os psicólogos pudessem participar nos interrogatórios.

Os investigadores também afirmaram que alguns respeitados psicólogos ajudaram CIA a dissimular aspectos de seu programa de interrogatório, para que não fossem sujeitos a questionamentos éticos.


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