Desde 2013, a organização Escoteiros da América (BSA, sigla em inglês) aceita jovens homossexuais e, nesta segunda-feira, pôs fim oficialmente a uma norma que proibia gays como líderes de tropa.
O conselho administrativo aprovou por 79% - de seus 80 membros - a resolução "que derroga a proibição nacional relativa aos dirigentes adultos e empregados abertamente homossexuais", anunciou a BSA em um comunicado, acrescentando que a decisão tem efeito "imediato".
A votação pôs fim a uma proibição de homossexuais, que foi mudando recentemente, depois de campanhas e manifestações nessa organização.
Fundada em 1910, a BSA conta hoje com cerca de 2,5 milhões de membros e quase um milhão de supervisores voluntários.
A resolução já havia sido aprovada por unanimidade em 10 de julho passado pelo Comitê Executivo dos BSA, mas faltava a ratificação do conselho administrativo.
Essa mudança "permite aos membros e pais dos escoteiros selecionar as tropas que tiverem as mesmas ideias, que conhecem melhor os interesses de suas famílias", declarou a BSA em sua página institucional na Internet.
A decisão também "tem a intenção de respeitar o direito das organizações religiosas locais a continuar selecionando seus dirigentes adultos que respeitem suas crenças".
Isso significa que as organizações religiosas ligadas ao movimento escoteiro, que têm autonomia de gestão, podem decidir se continuam a aceitar adultos gays.
As organizações religiosas representam 70% das 100.000 seções de gestão autônoma, informaram os BSA.
Após a resolução do comitê executivo dos BSA, a Igreja Mórmon, que dirige a maior quantidade de seções, informou que "se reserva o direito a recrutar em virtude dos princípios religiosos e morais de (suas) doutrinas e crenças".
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