A descoberta confirma a constatação de que a forte presença do grupo Estado Islâmico na Líbia, país vizinho, tornou-se uma ameaça direta para a Tunísia, o único país da região que tornou-se uma democracia sólida após a Primavera Árabe.
"Foi confirmado que o terrorista foi treinado na Líbia no mesmo período que os responsáveis pelo atentado no Museu do Bardo", disse Rafik Chelli.
Logo após o ataque terrorista, que ocorreu na semana passada, o governo da Tunísia, país que recebe muitos turistas, foi criticado pela falta de segurança, principalmente após ficar claro que turistas são o principal alvo dos ataques, como o ocorrido no Museu do Bardo em março.
O presidente do país, Beji Caid Essebsi, declarou nesta terça-feira que o reforço na segurança estava programado para entrar em vigor apenas alguns dias após o ataque.
"Não é um sistema perfeito - nós realmente ficamos surpresos com o ataque", disse o presidente. "Nós tomamos medidas para o mês do Ramadã, mas nunca pensamos que os ataques poderiam ocorrer nas praias com turistas e o sistema de proteção estava programa para iniciar em julho", comentou.
Essebsi acrescentou que uma investigação sobre falhas na segurança está ocorrendo e que agora policiais estarão armados em locais turísticos, como as praias, e reservistas do exército foram convocados.
Pelo menos 25 das vítimas do ataque eram de nacionalidade britânica, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo ministério da Saúde. Do total de 38 vítimas, 33 já foram identificadas, sendo 3 irlandesas, 2 alemães, um belga, um português e um russo. Fonte: Associated Press..