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Estado de Minas

Distúrbios marcam celebração da 'reunificação' de Jerusalém


postado em 17/05/2015 17:40

Confrontos entre palestinos e israelenses nacionalistas e policiais marcaram neste domingo a celebração do 48º aniversário da "reunificação" de Jerusalém, a ocupação desta parte da cidade por Israel.

Conhecido como Dia de Jerusalém, o aniversário comemora a conquista da cidade na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e a subsequente anexação da cidade oriental, de maioria árabe.

De acordo com uma declaração oficial, em um incidente, "várias dezenas de muçulmanos entraram em confronto com um grupo de judeus". Testemunhas disseram que vários jornalistas foram empurrados pela polícia e que pelo menos dois palestinos ficaram feridos.

A polícia indicou que dois agentes foram feridos por pedras atiradas pelos palestinos, e que quatro deles foram presos perto da Porta de Damasco, na Cidade Velha.

O cinegrafista da rede francesa TF1 Jamil Kadamani foi agredido por manifestantes judeus, relatou à AFP o produtor Michael Illouz, acrescentando que Kadamani foi levado para o hospital.

A polícia não soube dizer quantos sionistas desfilaram pela Cidade Velha até o Muro das Lamentações, o local mais sagrado do Judaísmo, depois de passarem pelo bairro muçulmano, mas disse esperar "grandes multidões."

"Eles vêm aqui com o apoio de um governo extremista que paga os ônibus", declarou à AFP a palestina Muna Barbar.

Os palestinos sonham com converter este setor de Jerusalém na capital de seu futuro Estado e se opõem à ampliação, por Israel, de seu controle sobre esta parte da cidade.

Mas os líderes israelenses insistem em afirmar que Jerusalém nunca voltará a ser dividida, referindo-se à cidade como "eterna e indivisível".

"Jerusalém sempre foi a capital do povo judeu e de nenhum outro povo", reiterou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, neste domingo.

A ONG "Paz Agora", uma organização israelense que se opõe à colonização dos territórios palestinos, denunciou em um anúncio publicado no primeira página da edição de hoje do jornal "Haaretz" que "nos bairros árabes de Jerusalém 2.500 colonos (israelenses) vivem no coração de uma população palestina de 300.000".

Enquanto isso, Gush Shalom ("Bloco da Paz"), uma organização de esquerda que também se opõe à colonização, convocou uma contra-manifestação neste domingo perto da Câmara Municipal para denunciar que a celebração "tornou-se uma ocasião para os grupos (extremistas israelenses) espalharem o ódio, o racismo e a violência".

Israel conquistou e depois anexou a parte oriental da cidade na guerra com os países árabes em junho de 1967, uma anexação que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.

Apesar disso, Israel construiu cerca de 15 bairros de colonos na área, onde vivem mais de 200 mil israelenses.


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