(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Senado dos EUA votará 'fast track' na próxima semana


postado em 14/05/2015 20:10

O Senado americano desbloqueou nesta quinta-feira o debate sobre uma iniciativa do presidente Barack Obama que lhe permitirá negociar com mais facilidade acordos de livre-comércio, superando a oposição da ala protecionista do Partido Democrata.

Por 65 votos contra 33, os senadores aprovaram o início do debate sobre o texto, que acontecerá na próxima semana.

Os votos negativos partiram exclusivamente dos democratas, em grande parte hostis ao acordo de livre-comércio com 11 países da região Ásia-Pacífico (Acordo de Parceria Econômica Estratégica Trans-Pacífico -TPSEP, na sigla em inglês) negociado por Washington.

"Um acordo comercial desastroso", afirmou o senador independente Bernie Sanders, que ocupa um assento junto aos democratas e competirá nas primárias presidenciais contra Hillary Clinton.

Comparando o TPSEP ao Tratado de Livre-Comércio da América do Norte, o Nafta, assinado em 1994, Sanders prevê que haverá um corte de empregos nos Estados Unidos pelas multinacionais americanas.

"Isso só acelerará sua (das multinacionais americanas) capacidade de fechar fábricas nos Estados Unidos, deslocando-se para países com salários baixos", afirmou.

O TPSEP é uma prioridade econômica de Barack Obama, que defende seu potencial para os exportadores americanos. Os 12 países integrantes do possível acordo representam aproximadamente 40% do PIB mundial.

Para completar, antes do final de seu mandato, o presidente quer que o Congresso adote um procedimento acelerado denominado Trade Promotion Authority (TPA), conhecido como "fast track".

Legalmente, o Congresso precisa aprovar todo acordo comercial concluído pelo Executivo, podendo realizar emendas. Mas, com o "fast track", os parlamentares só podem se pronunciar a favor ou contra o tratado comercial, sem que seja possível fazer alterações.

Se aprovado, o fast track será aplicado a todos os acordos negociados pelo atual presidente e por seu sucessor, até julho de 2018, e potencialmente até 2021 se o próximo chefe de Estado americano pedir sua prorrogação, o que também pode vir a beneficiar o acordo negociado atualmente com a União Europeia.

Caso seja adotado pelo Senado, o texto passará à Câmara de Representantes, onde também é prioritário para a maioria republicana.

"Mais comércio igualitário, mais empregos para os americanos", afirmou o presidente da Câmara, John Boehner.

Antes dessa votação, os senadores aprovaram duas propostas de lei vinculadas ao comércio internacional. Uma delas pretende codificar programas de controle das alfândegas e fronteiras, incluindo um controverso artigo, criticado pela Casa Branca, que obrigaria o governo a questionar países (possivelmente China e Japão) que manipulam o câmbio a fim de subsidiar suas exportações para os Estados Unidos.

A outra proposta, consensual, renovará até 2025 tarifas preferenciais para mais de 160 países, principalmente da África subsaariana e o Haiti.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)